Não faz bem para as pessoas uma vida calcada em atitudes de tristeza, de desânimo e sem capacidade de reais iniciativas. Isso não é próprio dos que procuram se apoiar numa espiritualidade de adesão e de sintonia com o Senhor, com o Mestre da vida, Jesus Cristo. Aí está a fonte verdadeira da alegria.
Ser pobre e oprimido, mesmo com os sofrimentos que isso causa, não é motivo de tristeza. Por outro lado, a riqueza material e a liberdade nem sempre proporcionam a autêntica alegria. Poderão ocasionar uma falsa alegria! Elas não conseguem, às vezes, atingir a identidade da pessoa.
A alegria é um estado de espírito que vem do amor, da entrega total da vida ao outro no sentido de doação e de reconstrução da própria identidade. Isso é mais forte quando feito às pessoas mais simples e oprimidas. Tem relevância na sensibilidade para com os que sofrem com as catástrofes, os flagelados.
A sociedade é um todo, como um corpo, formada por membros diversos e com funções diferentes. Não importa ser livre ou escravo. Importa colocar as qualidades recebidas e dons naturais a serviço do bem comum de todos.
O mal é capaz de criar os pobres e de colocá-los em desespero, porque tira deles a esperança. É preciso abrir para eles novos horizontes e capacidade de reerguimento. Só a Palavra de Deus é capaz de dar luz e estabelecer a liberdade, condição fundamental para acontecer a verdadeira alegria.
A força do Espírito do Senhor questiona e salva a humanidade, começando pelos mais simples e excluídos. Proporciona aos membros da comunidade a capacidade de comunicação e de serviço de uns para com os outros, na solidariedade e na fraternidade, não deixando que a tristeza domine as pessoas.
A lei do amor liberta e supera as leis que oprimem os indivíduos no aspecto físico, econômico e político. Ela tem o projeto de vida, de liberdade e de salvação. É preciso despertar as consciências desfalecidas diante do que é negativo na cultura moderna.