“Ela equivale a uma bomba hormonal para a mulher, com todos os efeitos agressivos e riscos, pois altera o processo de ovulação, podendo provocar esterilidade para toda a vida. Pode causar severos danos à saúde: sangramentos, dores de cabeça e náuseas.
Seu uso frequente pode provocar danos no fígado, tapar as artérias e provocar infarto, embolias no cérebro ou no pulmão e hemorragias cerebrais, complicar as alterações provocadas pelo tabagismo, aumentar os riscos do colesterol elevado, podendo produzir danos no pâncreas, pode produzir cegueira por trombose da artéria da retina, piorar o diabetes. Aumentar o risco de desenvolver câncer de colo do útero e de mama além de depressão”, garante o bispo.
Entenda quais consequências a pílula traz para as mulheres, sobretudo para as jovens
Já houve vários casos de mortes de jovens causadas pelo uso dessas pílulas. Por exemplo, o jornal O Globo publicou, em sua edição de 11/01/01, p.30, que uma menina de 15 anos, Caroline, filha de Jenny Bacon, morreu, em Londres, após tomar a pílula do dia seguinte, o que revoltou os pais das alunas na escola onde a pílula é distribuída até para meninas com apenas onze anos.
Dr. Jerome Lejeune, francês, um dos maiores geneticistas do século XX, já avisava, na década de 90, que a pílula do dia seguinte “é uma bomba para o organismo da mulher“.
Dr. Helio Begliomine, membro de diversas sociedades nacionais e internacionais, denuncia ao público a pílula do dia seguinte pelos efeitos contrários à saúde e à vida humana que ela acarreta. E denuncia que há interesses econômicos de grandes firmas que estimulam a sua difusão, camuflando as consequências negativas que ela possa ter para a mulher e para a sociedade em geral. (Revista PR n.468 – 2001)
Os efeitos
Segundo os estudos científicos de Dr. Rodrigo Aguiar, no caso da pílula do dia seguinte, está comprovado que pode ter três efeitos: “Primeiro: impedir ou atrasar a ovulação. Segundo: ainda que tenha havido a ovulação, impedir que se dê a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. Terceiro: Ainda que tenha havido a fecundação, impedir que o óvulo fecundado se anide ou implante no útero. Este efeito anti-implantatório do óvulo fecundado está fundamentado não só pelo fabricante da pílula, mas também por extensa bibliografia médica.”
A Igreja não tem dúvida de que a pílula do dia seguinte é abortiva; por isso denuncia isso. Estamos falando de um efeito abortivo, pois, segundo a genética, a vida humana se inicia desde o momento da fecundação do óvulo pelo espermatozoide. O óvulo fecundado tem já seu mapa genômico próprio e individual, diferente do mapa genômico do pai e da mãe. Se se impede que este óvulo fecundado possa se implantar no útero (nidação), estamos falando de um aborto, ou seja, de um assassinato, e do ser humano mais indefeso.
Afirma o citado bispo que “os que promovem a pílula do dia seguinte manipulam a linguagem científica: falam de concepção até que se implante o óvulo no útero. Enquanto não se implanta o óvulo fecundado, chamam-no de pré-embrião; já implantado, chamam-no de embrião.” Para a Igreja, não existe pré-embrião, mas apenas embrião, já portador de uma alma imortal desde o primeiro momento da sua concepção, mesmo antes de sua nidação no útero da mãe.
A pílula fortalece o destorcimento do sentido do sexo
A distribuição da pílula anticonceptiva normal, e agora a de emergência, provoca cada vez mais a promiscuidade, acentuando uma sexualidade onde o primordial, onde o único motivo é buscar o prazer. Nessa visão hedonista do sexo, o filho se torna um intruso, um estorvo que se deve descartar. E a mulher é reduzida a um objeto de prazer. É lamentável que nossas autoridades não vejam isso!
A solução não é distribuir pílulas às jovens, mas reorientar o autêntico sentido da sexualidade, que é expressão do ser humano em sua totalidade. O ato sexual não é só para o prazer, mas o prazer deve acompanhar intenções mais nobres, como a unidade do casal e a comunhão do homem e da mulher, assim como a transmissão da vida. O ato sexual não pode ser apenas um ato de prazer, como para os animais; isto animaliza o homem e a mulher. Ele não é um fim último, mas um meio para a unidade do casal e a procriação. O amor que nutre o matrimônio está chamado a ser fecundo, aberto a outras vidas humanas, no sentido de paternidade responsável.
Pior mesmo do que a gravidez, é a liberação dos atos sexuais fora do matrimônio, que essas medidas geram. Nosso desafio é educar as crianças, os adolescentes e jovens a viver sua sexualidade de uma maneira responsável e plena, e não ficar distribuindo pílulas, camisinhas e laqueaduras. Não estamos lidando com animais.
O Catecismo da Igreja ensina:
§2270 “A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida.
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“Antes mesmo de te formares no ventre materno eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei” (Jr 1,5). “Meus ossos não foram escondidos quando eu era feito, em segredo, tecido na terra mais profunda” (Sl 139,15).
A sociedade católica precisa reagir a esses absurdos, antes que a nossa civilização volte aos tempos da barbárie dos séculos V.