OPINIÃO

A Cultura de Morte no Brasil: uma reflexão e um chamado à ação em favor da vida

O aborto nunca é a resposta que as mulheres e as famílias procuram, afirma o Papa Francisco

Há anos, a chamada “Cultura de Morte” vem tentando abraçar o Brasil, promovendo práticas que atentam contra a vida humana, tais como o aborto e a eutanásia, tanto de bebês anencéfalos quanto de idosos em fase terminal.

FOTO: Imagem reprodução TV Canção Nova / CN Noticias

A Cultura de Morte não pode vencer

A vida humana é um dom sagrado, e só Deus tem a autoridade de decidir a sentença de alguém. Como afirmava o Papa Bento XVI, reforçando o Magistério da Igreja, a vida humana é sagrada e inviolável em cada momento de sua existência, também no seu primeiro instante, que precede o nascimento.

“A vida humana é sagrada e inviolável em cada momento da sua existência, também no inicial, que precede o nascimento”(Bento XVI, 27 de fev. de 2006).

O Supremo Tribunal Federal (STF) recentemente autorizou um procedimento médico de abortamento conhecido como “assistolia”, que agora pode ser realizado em fetos de 5 a 9 meses de gestação. Este método, controverso e doloroso, era anteriormente proibido até mesmo em animais, e agora é considerado lícito para ser aplicado em bebês que já são viáveis fora do útero materno.

Essa decisão provoca uma profunda indignação em todos os que defendem o direito à vida desde a concepção. O Papa Francisco, em várias ocasiões, reforçou a posição da Igreja Católica contra o aborto, referindo-se a essa prática como um sintoma de uma “cultura do descarte” que desvaloriza a vida humana. Ele afirmou:

“O aborto nunca é a resposta que as mulheres e as famílias procuram. […] Na encíclica Laudato Si, o Papa Francisco escreveu: “Uma vez que tudo está relacionado, também não é compatível a defesa da natureza com a justificação do aborto. Não parece viável um percurso educativo para acolher os seres frágeis que nos rodeiam e que, às vezes, são molestos e inoportunos, quando não se dá proteção a um embrião humano, ainda que a sua chegada seja causa de incômodos e dificuldades”.

Doutrina da Igreja Católica e a dignidade humana

A doutrina da Igreja sobre a sacralidade da vida humana está claramente expressa na encíclica Humanae Vitae do Papa Paulo VI, que reafirma o valor intangível da vida desde a concepção até a morte natural. No documento, Paulo VI declara que “a vida humana é sagrada, desde o seu alvorecer, comprometendo diretamente a ação criadora de Deus” (Humanae Vitae, 1968).

Onde querem chegar aqueles que desejam aprovar esse projeto diabólico? Todos já sabem quem são os financiadores da Agenda Pro-Morte no mundo. Enquanto os cristãos e os homens de “boa vontade” se mantêm em silêncio, os filhos das trevas avançam com sua agenda.

Para impedir este absurdo, é essencial que a sociedade brasileira se mobilize. Faça algo concreto e dê seu apoio ao Projeto de Lei 1904/2024. Esse projeto, uma vez aprovado e sancionado, estabelecerá que o médico que realizar um aborto entre o 5º e o 9º mês de gestação será punido com a mesma pena prevista para o homicídio. Esta medida é crucial para proteger os mais vulneráveis entre nós — os nascituros — e reafirmar o valor da vida humana. A luta contra a Cultura de Morte é um compromisso que todos devemos assumir. A defesa da vida deve ser incondicional e abrange todas as suas etapas.

Um documento ressente do Dicastério para a Doutrina da Fé, a Dignitas infinita, afirma que “é preciso reconhecer que se opõe à dignidade humana «tudo aquilo que é contrário à vida mesma, como toda espécie de homicídio, o genocídio, o aborto, a eutanásia e o suicídio voluntário.” (Dignitas Infinita, 34).

Neste momento crítico, é urgente a colaboração o e apoio de todos na promoção e aprovação do PL 1904/2024. Não deixe de se manifestar aos seus representantes políticos: senadores, deputados e vereadores. No PDF que está no link contém os contatos dos parlamentares que você, como cidadão de um estado de direito, pode e deve se manifestar:

Juntos, podemos fazer a diferença e garantir que a vida humana seja sempre respeitada e protegida, conforme a vontade divina.

***

Adailton Batista é natural de Janaúba (MG). Membro da Comunidade Canção Nova, desde o ano de 2009, o missionário possui formação técnica em Administração pela Faculdade NetWork, Rádio e TV pelo Instituto Canção Nova. Graduado em Jornalismo pela FCN. Adailton é Casado com a missionária Elcka Torres e pai de uma filha. É autor do blog.cancaonova.com/metanoia. Um apaixonado pela evangelização e utiliza de todos os meios digitais possíveis para promover experiência pessoal com Cristo. 

Originalmente em adailtonbatista.substack.com