Várias vezes e em momentos cruciais da minha vida escutei pessoas me dizerem: “Seja amiga do tempo!”. E, quando parava para imaginar que o ser amigo do tempo exigia espera, simplesmente fugia, me afastava ou desistia. Nunca fui treinada a esperar, e, cada vez que escutava essa palavra, sentia que ia esperar e nada aconteceria. Logo, ser amiga do tempo era dolorido demais, quando poderia chegar e fazer. No fundo era minha síndrome de autossuficiência.
Esperar, esperar para quê? Na verdade, a imaturidade nos faz enxergarmos a espera como algo penoso, algo difícil demais para quem é sanguínea assim como eu. Nos tempos de espera, por vezes, me descabelo, me frusto, confronto a Deus; mas tenho descoberto neles a essência do ser.
Esperar nos ensina
Na espera, o fazer se ausenta para dar lugar ao ser;
Na espera, ninguém faz, “todo mundo é”;
Na espera, se aprende a viver, a confiar, e mais que isso, a ser;
Não é que as esperas ou o tempo sejam ruins, na verdade, toda hora tentamos fugir de nós. Somos almas estrangeiras que desejam algo fora delas, quando toda a riqueza já está dentro. Está, também, no silêncio do ponteiro, que passa sem fazer qualquer ruído. O tempo não nos prende, nós quem nos prendemos a ele, quando deixamos que ele seja o centro.
“Ah, não tenho tempo!”
“Ah, não posso, não tenho tempo!”
O tempo nos foi dado para viver e não para sobreviver.
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Vivamos bem cada instante que nos foi dado por aquele que é Dono do tempo!
Vivamos bem cada momento e sejamos, de fato, amigos de tempo!
Nada é mais precioso do que um coração em paz sabendo que viveu sua vida da melhor forma.
Comece hoje… Viva bem o tempo que Deus lhe deu!