O estreitamento do relacionamento do Homem com os animais é historicamente marcado pelo início da domesticação que ocorreu cerca de 12 mil anos atrás. Quando o homem aprendeu a cultivar a terra, ele também aprendeu a criar animais como reserva alimentar, auxílio e proteção. Podemos observar que os pets começaram a ocupar um espaço dentro do lazer, esportes e até mesmo companhia dos nobres, em diferentes culturas.
Cachorro, gato, coelho, iguana, papagaio, cavalo ou até um peixinho dourado. Não importa qual seja a opção, o fato é que os bichos de estimação estão em boa parte dos lares ao redor do globo. No Brasil, já existem mais de 132 milhões de pets, de acordo com o IBGE. No mundo todo, são mais de 12 milhões de famílias com animais de estimação, o que corresponde a 40% dos lares segundo o relatório da organização britânica Pet Food Manufacturer Association (PFMA). E a tendência é que esse número continue crescendo. Esse aumento vem provocando grandes transformações na relação entre homens e animais. Na esteira dessas mudanças, temos mudanças no comportamento, economia e até a legislação também têm se alterado nos últimos anos.
Benefícios da companhia animal
Estudos científicos revelam que donos de cachorros são mais ativos comparados a quem não possui um pet. A Associação Americana do Coração destaca que ter um cachorro auxilia no afastamento de problemas cardiovasculares, pois ao levar o pet para passear e brincar, o dono passa a praticar mais atividade física, com isso melhora a reação do organismo ao estresse. A ciência, inclusive, comprova que esse relacionamento de carinho e cuidado o aumento de serotonina e dopamina, proporcionando a sensação de calma e relaxamento.
Pets de serviço
Temos também os chamados Pets de serviço, também conhecidos como animais de assistência. São animais treinados para ajudar pessoas com algum tipo de deficiência. Eles são parceiros dos seus donos, auxiliando-os a realizar tarefas e a aumentar a sua autonomia.
Os pets de serviço podem ser divididos em três categorias:
- Cães-guia: Acompanham pessoas com deficiência visual;
- Cães-ouvintes: Auxiliam pessoas com deficiência auditiva;
- Cães de serviço: Ajudam pessoas com deficiências motoras e crianças autistas.
Animais de assistência emocional
Além dos pets de serviço, existem também os animais de assistência emocional, que ajudam pessoas com problemas psiquiátricos, como ansiedade, depressão e estresse. Recentemente, foi registrado que cães começaram a serem treinados para ajudar pessoas com esquizofrenia, para sinalizar se a presença de uma pessoa é criação da doença de seu dono ou trata-se de uma presença real.
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Limites saudáveis: responsabilidade e respeito
Podemos tocar em inúmeros benefícios dos animais se relacionando com o ser humano. Mas precisamos usar da maturidade, para definir o limite saudável nesse relacionamento. Pois infelizmente, não é difícil encontrar realidades onde os animais são utilizados como objetos de compensação de algum desequilíbrio emocional e passam a ocupar o espaço de um ser humano.
As espécies se procriam entre elas mesmas. Ou seja, humanos são pais de humanos; gatos, são pais de gatos; cachorros, são pais de cachorros… e assim por diante. Tratar bem todos os animais, é nossa obrigação. Tratar com muito carinho e responsabilidade um animal que escolho ter, também é obrigação. Mas devemos sempre nos atentar ao que se refere às tentativas inadequadas de fuga e compensações emocionais.
Psicóloga Karina Maria da Luz