Existe uma diferença grande entre o amor verdadeiro e puramente um sentimentalismo. Não podemos confundir a nossa sensibilidade com amor. Quando encontramos alguém que à primeira vista achamos que amamos, este não é verdadeiramente um sentimento de amor, mas sim, paixão. Paixão não é amor! Se uma beleza o seduz e você entrega os pontos, isso não é amor, e sim o desejo de desfrutar dela.
Muitas vezes, admiramos um homem ou uma mulher que não conhecemos profundamente a ponto de fazer qualquer coisa para obtermos um olhar, um beijo ou uma carícia. Isso não representa nenhuma prova de amor, mas um desejo de descobrir sua sexualidade. Amar não é ficar impressionado por alguém, ter afeição sensível por alguém, abandonar-se por alguém, desejar alguém querer possuir alguém… nada disso é amor. Amar é a essência do dar-se a alguém! Amar não é sentir! Se alguém almeja se envolver em sensibilidades, este não amará ninguém, pois o amor é o oposto da sensibilidade. Amar é uma decisão. Consiste na vontade de ir ao encontro do outro.
Cada vez que passamos a ter nossas próprias vontades, deixamos de amar e passamos a andar na contramão; saímos da felicidade e passamos a viver na infelicidade. Nós precisamos ter a coragem de entregar no coração de Deus, hoje, aquilo por que mais sofremos. Temos muito a perdoar. Para sermos imagem e semelhança Dele, temos que praticar muito mais a caridade uns para com os outros, principalmente no dia-a-dia da vida a dois. E, caridade não é “dar esmola”, mas dar a vida pelo outro com paciência; é amar verdadeiramente.