Nós, agentes da Pastoral Familiar da Comissão Nacional da Pastoral Familiar vimos a público nos manifestar quanto ao posicionamento e enfoque dado pelo Dr Drauzio Varela no programa de Planejamento Familiar através do Fantástico.
Existe sim um número elevado de adolescentes no Brasil e decorrente deste fato, naturalmente grande número de adolescentes grávidas, com aumento de partos nesta faixa etária. O índice alarmante de paternidade e maternidade exercido pelos adolescentes nos preocupa a todos brasileiros. Preocupa-nos o estímulo à vivência precoce da atividade sexual exercida pelos meios de comunicação social.
Causa-nos estranheza, contudo a maneira com que foi apresentado o programa e a situação nacional da adolescência. Como cristãos, queremos que não sejam noticiadas inverdades e que pelo direito de nos expressar, nos manifestamos.
A adolescência, que vai de 10 a 18 anos, conforme o Estatuto da Criança e Adolescente-ECA é um período de adaptação hormonal no qual não dever-se-ia indicar hormônios para se evitar gravidez. Primeiro, porque remédios são tratamentos para prevenir ou curar, tratar doenças. Se a adolescente é uma pessoa normal, saudável porque tomaria remédios, se ela não está doente? Gravidez é doença? Não, gravidez é saúde, é vida.
O uso de hormônios hoje é bastante questionado durante a menopausa, pelos efeitos negativos sobre o organismo feminino e os aumentos significativos no índice do câncer de mama. Não seria lógico pensar que estes hormônios, utilizados precocemente pelas adolescentes, também podem causar sérias complicações, principalmente porque serão utilizados por longo prazo?
A imaturidade na vivência do ato sexual pela adolescente, também estimulada pela falsa segurança, proporcionada pelo uso do contraceptivo tem sido uma das principais causa do aumento das doenças sexualmente transmissíveis, da esterilidade e do aumento de portadores do HIV entre jovens.
Concordamos que a gravidez deve ocorrer quando houver maturidade física, mental, social e dentro do matrimônio. Caso contrário, devemos pensar e trabalhar sim a Educação permanente para o Amor. Remédios, como citado no programa como pílulas ou injetáveis não é a solução. Pelo contrário, os efeitos colaterais serão, com certeza, nefastos para o organismo dos adolescentes.
Temos tantos trabalhos e exemplos maravilhosos pelo Brasil respeitando e educando adolescentes, por isso consideramos muito pobre e parcial o ponto de vista do programa, porque não dizer, contrário a ideologia da vida. No programa não são consideradas a integralidade do adolescente e a influência de multinacionais, fabricantes de pílulas e injeções hormonais, interessadas em vender seus produtos sem considerar os efeitos prejudiciais à saúde de nossos jovens e adolescentes brasileiros.
O amor verdadeiro espera. A família, independente de como ela seja, deve ser lugar, porto seguro para o filho, filha adolescente!
A sociedade e o poder público devem olhar com carinho o jovem adolescente e através de informação e formação, conscientizar que o valor da vida passa pela vocação, pelo conhecimento do corpo, pela consciência de fertilidade, pelo diálogo com os pais, com o compromisso com o outro, com o respeito pelo outro.
Então gravidez em adolescentes e doenças sexualmente transmissíveis podem ser evitadas com verdade científica e atitude de escuta e apoio, estando junto com o adolescente nas suas dificuldades. Esta deve ser a nossa posição de cristãos, que valoriza a educação de vida familiar.
Sair do comodismo e artificialidade e pensar em um planejamento familiar consciente, onde se respeita a ética e moral cristã é a solução.
Queremos que a Mídia no seu papel de formadora de opinião pública vejam em Jesus o Caminho, a Verdade e a Vida, valorizando o ser humano, Imagem e Semelhança de Deus.