Refletindo

Aborto e microcefalia, o massacre em nome do bem estar

Aborto e microcefalia, o massacre em nome do bem estar de poucos

Após o surto de microcefalia no país, onde se especula (não existe prova científica até o momento) ter relação com o Zika Vírus transmitido pelo Aedes aegypti, um grupo formado por advogados, acadêmicos e ativistas, declarou à imprensa, na semana passada, que está se preparando para entrar com uma ação junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo o direito ao aborto de bebês com microcefalia. Os oportunistas pró-aborto mais uma vez mostram de que natureza pertencem suas ideias.

Aborto e microcefalia, o massacre em nome do bem estar

Para o grupo, as mulheres teriam o direito de abortar os filhos deficientes, pois elas não “…poderiam ser penalizadas pelas consequências de políticas públicas falhas”.

Os grupos pró-vida do Brasil não foram pegos de surpresa com essa declaração, sabem muito bem que os pró-aborto ficam na espreita como víboras esperando a oportunidade para capturar a presa mais frágil, pois é da natureza delas. Como é também da natureza humana original defender suas crias, principalmente as mais frágeis.

Não se iludam! Não estão preocupados com os tais “direito das mulheres”, isso é o que dizem deles mesmos. Se assim estivessem, defenderiam as mulheres mais indefesas, que ainda estão no ventre de suas mães.

O que querem com o aborto?

Na prática e sem exagero algum, o que querem junto ao STF é justamente a implantação de um eugenismo, a mesma prática adotada por Hitler em seu regime Nazista, que implica basicamente no poder de escolher quem não tem direito de viver, fazendo assim uma seleção. As crianças com “defeito” seriam condenadas à morte por terem cometido o “crime” de não serem produtivas, não se adequarem aos padrões de saúde estabelecidos pela “casta dominante” ou por implicarem numa grande mudança nos hábitos da sociedade.

Recentemente, foi publicada uma reportagem no site da BBC sobre a história de uma jovem chamada Ana Carolina Cáceres, 24 anos, com microcefalia, que se formou em jornalismo. Como conclusão de curso, ela escreveu um livro. Ana Carolina diz na matéria: “Sou plena, feliz e existo, porque minha mãe não optou pelo aborto”.

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O que define a dignidade da pessoa?

Não existe um ser humano mais humano que outro. Ser e humanidade são inatos e não adquiridos. Não existe gradualismo de valor. Um bebê nascido não passa a ter mais valor ou dignidade do que aquele que ainda não nasceu. Não é o tempo de existência que define sua dignidade, mas a própria natureza do seu ser.

Não existe diferença substancial entre um feto no ventre materno e uma criança recém-nascida. A única diferença é o tempo e a nutrição.

Porta aberta ao massacre

Nota-se que a microcefalia só é detectada a partir da 24º semana, ou seja, o aborto se daria com um bebê bem desenvolvido e viável fora do útero, sofrendo sensivelmente a dilaceração própria do procedimento abortivo.

Caso se torne “lícito” abortar bebês por terem malformação congênita, seguindo a mesma lógica, o que impediria de se reivindicar o abortamento para os que possuem outras síndromes, como Down, Síndrome de Turner etc.? O que impediria o aborto de uma criança por possuir uma grave ou leve deficiência física? Absolutamente nada!

Estaria aberta a porta para um massacre eugenista de proporções jamais vistas. E tudo isso em nome do bem-estar.

No regime nazista, foi documentado, além dos abortos de gestações adiantadas, também a eutanásia em crianças recém-nascidas; depois os abortos foram ampliados, o que resultou no registro dessa prática em crianças de até seis anos de idade, detectadas como difíceis de educar, por urinarem na cama até muito tarde ou por possuírem orelhas deformadas.

Discriminação injusta

Criança com deficiência deve ser amparada e não abortada. O aborto, nesse caso, retrata o verdadeiro preconceito e discriminação injusta.

Os que querem o aborto, antes de pensarem em políticas públicas contra os focos do mosquito transmissor, devem pensar em como as vítimas da microcefalia e suas famílias seriam amparadas, em como poderíamos desenvolver mais rapidamente a vacina contra o vírus etc.; mas pensam, em primeira instância, como poderíamos nos livrar dessas crianças de uma vez por todas.

Quando se estabelece tamanha injustiça contra inocentes e indefesos, não tenho dúvida, declara-se guerra contra Deus. Uma nação que permite tamanha crueldade está atraindo uma maldição sobre si, porque assim diz o Senhor: “…Ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe pois a vida, para que vivas com a tua posteridade” (Deuteronômio 30,19).

E ainda: “Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mateus 25,40)

Tiba Camargos – Missionário da Comunidade Canção Nova