“Inflação é a única forma de taxação que pode ser imposta sem legislação” (Milton Friedman)
A Inflação é tema recorrente dos noticiários econômicos de hoje. Abaixo, as linhas Azul (IPCA), Vermelha (IPCA – Preços administrados) e Verde (IPCA – Preços Livres), mostram o crescimento da inflação ao longo dos anos.
Cada vez que um trabalhador brasileiro vai às compras, a frase se repete: tudo está mais caro! Todas as vezes que voltamos ao supermercado e à farmácia, quando buscamos entretenimentos ou restaurantes, temos nos deparado com preços sempre maiores. Mas afinal, por que isso acontece? É a velha senhora inflação tão conhecida dos brasileiros.
Nas décadas de 80 e início de 90, muitos viveram a experiência traumática de ver os preços subirem dia após dia. Era comum para muitos fazer grandes compras de supermercado e estocar em casa. Valia tudo para se proteger da inflação e não ver o salário ser corroído da noite para o dia. Hoje, a situação é bem diferente, especialmente após o Plano Real. O Brasil passou a experimentar taxas menores de inflação e, aos poucos, foi se esquecendo desse passado.
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
Por que a inflação voltou?
A inflação, hoje, reflete uma série de políticas equivocadas do governo no que diz respeito ao seu orçamento e às políticas econômicas tolerantes às taxas de inflação acima do centro da meta de 4,5% ao ano. Em 2014, vários preços foram represados, ou seja, não subiram ao longo do ano. Em 2015, foram permitidos subir especialmente combustível e energia, e por citar apenas esses, toda a cadeira produtiva foi afetada. O que muitos brasileiros experimentam agora é a diminuição do seu poder de compra. Os salários, por consequência, estão sendo achatados. As compras, gastos do cotidiano, surpreendem e superam os orçamentos domésticos.
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O que fazer diante da inflação?
Por hora, diante da crise econômica, e ainda por cima a subida de preços da inflação, muitas estratégias podem ser tomadas para evitar, ou melhor, amenizar o aperto no seu bolso.
1. É tempo de promoções e descontos. Muitos seguimentos da economia estão em queda nas vendas. Procure pesquisar bastante antes de comprar; é tempo de conseguir bons descontos! Pagamentos à vista são premiados com descontos de 10%, 20% ou até mais.
2. Faça hoje mesmo seu orçamento pessoal/familiar. Pode ser caderno, agenda, planilha ou aplicativo no celular. O que não pode acontecer é ficar sem ter esse controle de perto. Em tempos de inflação, o orçamento é ainda mais fundamental.
3. Depois de fazer o orçamento familiar ou pessoal, coloque nos próximos meses valores com o reajuste que você já prevê: mensalidade escolar/faculdade, alimentos e diversão. O custo de vida está subindo e você não pode esperar ele subir para depois se planejar.
4. Colchão financeiro: Planeje uma reservar para emergências. Elas acontecem e não podem nos pegar desprevenidos. Especialistas indicam guardar 20% do salário mensal para eventualidades. Os que não conseguem essa meta, 10% ou até 5% do salário já é importante para a disciplina financeira.
O que esperar da inflação em 2016
Os economistas falam de uma inflação um pouco menor em 2016 se comparado a 2015. Isso não quer dizer que a situação econômica estará mais fácil. Com a economia em recessão em 2016, inflação e desemprego em alta, o Brasil viverá tempos difíceis em 2016. Todo cuidado é pouco na hora de fazer financiamentos ou tomar empréstimos. O melhor é usar o 13º salário para pagar as dívidas e economizar o máximo possível. Como diria o célebre economista, “por um processo contínuo de inflação, governos podem confiscar, sem serem observados, uma parte importante da riqueza de seus cidadãos” (John Maynard Keynes).