Devemos aprender a valorizar tudo o que Jesus tem a nos oferecer
Quando somos pobres tudo o que recebemos, recebemos com alegria, pois sempre nos será útil. A pobreza nos ensina a valorizarmos muito mais aquilo que carregamos em nossos corações do que aquilo que temos de material. Nos ensina a olharmos para o próximo e vermos nele os nossos sofrimentos e nos ajuda a sermos mais compassivos, pois sentimos em nossa pele o que sente nosso irmão pobre.
Aprendemos a viver com pouco e isso nos basta.
Quando Jesus nos diz que o Reino dos Céus é dos pobres de espírito Ele quer que vivamos esta pobreza acima descrita em nosso espírito. Devemos receber com alegria tudo o que vem de Deus, pois tudo nos é útil, inclusive o sofrimento. Não é que devamos desejar o sofrimento, mas ele vem e é importante para o nosso crescimento espiritual, suportar o sofrimento com paciência e alegria é sinal de que nossa fé amadureceu. Faz-nos fortes e nos permitirá, ao final, participarmos com Cristo de sua Glória.
Aprendemos a dar valor àquilo que Deus nos concede em sua misericórdia e entendemos que tudo o que temos e somos, na verdade tem uma única origem: a graça divina.
Com essa visão, estamos aptos a compreender tudo aquilo que Jesus ensinou e disse que seriam revelados aos pequenos e escondido aos grandes, pois ao aceitarmos com alegria tudo o que nos é dado, nos tornamos pequenos diante da grandeza de Deus.
Quanto menos temos, inclusive do nosso espírito, menos coisas temos que nos prenda e a pobreza total significa liberdade total. Quanto mais nos esvaziamos de tudo, mais espaço haverá em nossas vidas para que Deus nos preencha completamente e é nisso que consiste a liberdade, fazer de minha vida tudo aquilo que Deus quer eu faça.
Podemos enxergar claramente no exemplo que nos deixou São Francisco, se desligou de tudo, de seus bens, de sua família, de seus amigos, de seus planos e inclusive de seus ideais para viver a total liberdade que a pobreza proporciona e em troca teve sua vida completamente preenchida pelas graças divinas, a ponto de receber a graça de participar de todo o sofrimento de Cristo na cruz ao ter impressos em seu corpo, os estigmas da paixão de Nosso Senhor.
Fonte: Nova Geração