Mas qual a importância e o porque em celebrar-se o Ano da Fé?
Não é a primeira vez que a Igreja o celebra. O último foi em 1967, no pontificado de Paulo VI, motivado, já naquela época, em dar uma resposta de fé diante das inúmeras ideologias que buscavam desconsiderar Deus do pensamento coerente e racional. Assim também, hoje, o Papa Bento XVI, afirma haver entre nós um “diversa mentalidade que, particularmente, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. Mas a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre a fé e ciência autêntica”.
E
ste novo Ano da Fé, tem igualmente o objetivo de impulsionar os cristãos a aprofundarem o conhecimento sobre a Igreja, dissipando assim, a nuvem negra dos erros de doutrina.O Sumo Pontífice refere-se ao Ano da Fé como, um “tempo de graça espiritual que o Senhor nos oferece” e “tempo de particular reflexão e redescoberta da fé”.V
árias vezes Bento XVI insistiu neste exemplo “através do testemunho prestado pela vida dos crentes, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com sua própria vida no mundo, a Palavra da verdade que o Senhor Jesus nos deixou”, “em nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias. Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção e esperança”.E
ntretanto, para que o nosso testemunho esteja de acordo com a fé que professamos é preciso um empenho de nossa parte, particularmente nesse período, em conhecer e propagar aquilo que a Igreja colheu nestes dois mil anos de história, afinal, o mundo pede respostas cada vez mais racionais e acertadas. E além de podermos responder satisfatoriamente ao mundo, em recompensa a esse esforço e estudo estaremos aderindo a fé católica cada vez mais com inteligência e vontade.E
ntre os principais meios, para se chegar a esse conhecimento da fé, o Papa cita os textos deixados em herança pelo Concílio Vaticano II, afirmando que: “é necessário fazê-los ler de forma que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificativos e normativos do Magistério.” Bento XVI fala fortemente sobre a importância do Concílio Vaticano II: “Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça que beneficiou a Igreja no século XX”. Também o Pontífice destacou a importância do Catecismo da Igreja Católica, Bento XVI considera-o como “subsídio precioso e indispensável. na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária. Ali se apresenta não uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja”, afirmou o papa. Enfim, devemos recorrer constantemente a esse documento, em nossas catequeses, em grupos de estudo e pastorais, como também na formação pessoal. Ainda, salienta o Papa que, sobretudo, o Ano da Fé é um “repassar a história da nossa fé” para “tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor”. Este, com certeza será uma período de celebrarmos a nossas certezas e princípios, firmar valores para descobrirmos cada vez mais a felicidade e a honra de estar na única e verdadeira Igreja de Cristo.Entremos portanto, pela Porta da Fé.
Deus abençoe!