A solenidade de Pentecostes é celebrada pela Igreja no dia 28 de maio, domingo. Essa grande celebração recorda o momento em que os discípulos receberam o Espírito Santo reunidos no cenáculo. O fato transformou toda a postura da Igreja perante seus desafios e deu ousadia aos discípulos de Jesus.
As Sagradas Escrituras demonstram, de modo claro, esses acontecimentos no livro de Atos dos Apóstolos. São quatro passagens que evidenciam esse Pentecostes na vida da Igreja. Quatro Pentecostes e cinco momentos significantes que irei demonstrar.
As evidências de Pentecostes
O primeiro acontece no capítulo 2,1-13, esse seria o mais conhecido e lembrado pelos católicos ao falar do tema específico. Os Apóstolos estavam reunidos e temerosos, quando veio um vento impetuoso que o tomou e os transformou, apareceram então chamas de fogo em suas cabeças e eles ficaram repletos do Espírito, falando em outras línguas. A partir de então, eles se tornaram grandes anunciadores do reino, com prodígios e milagres.
O segundo relato se encontra em Atos 4,23-31. Após saírem do sinédrio, Pedro e João se reuniram com os outros e começaram a rezar (cf. 4,24) dizendo: “concede a teus servos que anunciem com toda intrepidez tua palavra” (Atos 4,29). O escritor sagrado afirma que, tendo orado assim, tremeu o lugar onde estavam e ficaram repletos do Espírito para continuar o anúncio do Reino. Ali, eles foram “rebatizados” com um segundo Pentecostes.
O terceiro relato se encontra em Atos 8,9-17. Pedro e João foram enviados à Samaria, que era conhecida como um povo pagão, excluído dos eleitos judeus. Ali, eles já tinham recebido o batismo, mas ainda não haviam vivido Pentecostes (cf. 7,16). Os apóstolos impuseram as mãos sobre os pagãos para que desse modo eles recebessem o Espírito de Pentecostes. A grande novidade é o derramamento sobre os pagãos recém-batizados, algo inacreditável para os judeus, já que eles eram pecadores afastados.
O quarto relato é demonstrado em Atos 10, 44-48. Enquanto Pedro pregava, aqueles que estavam ouvindo receberam o Espírito mesmo sem terem sido batizados com água. Então, Pedro reconhece que aqueles pagãos também deveriam receber o sacramento: “Poderia alguém recusar a água do batismo para estes, que receberam o Espírito Santo assim como nós?” (Atos 10,47).
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O último relato
O último relato é de Paulo em Éfeso, Atos 19,1-7. Apolo havia levado o batismo sacramental, mas esse precisava ser confirmado por um representante dos Apóstolos. Então Paulo impôs as mãos sobre eles, e assim o Espírito se derramou, ocorrendo a manifestação da oração em línguas e profecias. Eram cerca de doze homens, diz a Escritura.
Peça esse mover na tua vida
Diante desses cinco relatos, fica evidente a diferença entre o batismo sacramental e o que chamamos na RCC de “batismo no Espírito”. A Escritura demonstra essas diferenças e realidades, por isso quero lhe convidar a pedir esse mover de Deus na tua vida. O mesmo mover que levou os discípulos a perderem o medo e levarem o Reino de Deus a todas as criaturas. Tenho certeza que se você pedir de coração aberto, muitas graças acontecerão na sua vida. Que Deus nosso Pai nos inspire a pôr em prática esses ensinamentos.