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Meus pais precisam saber do meu relacionamento amoroso?

Os pais pode nos ajudar em nossas experiências sentimentais?

Chega um momento em que nossos filhos começam a trilhar seus próprios caminhos. Ainda que tenham 20, 30 ou 40 anos, serão eternamente crianças para os pais. Embora, já possam fazer suas próprias escolhas, continuam sendo motivo de zelo e preocupações. Certamente, muitos questionamentos habitarão os pensamentos dos genitores quando perceberem que seus “pequenos” estão envolvidos em experiências sentimentais.

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Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Os comportamentos vividos, nos dias atuais, são bem diferentes dos de 30 ou 40 anos atrás. Atualmente, outro tipo de relacionamento ganhou um espaço intermediário entre a amizade e o namoro. Para os mais velhos, era conhecido como “amizade colorida”, para os nossos adolescentes seria o “ficar”. Renovou-se a denominação, mas, continua a atitude caracterizada pela falta de compromisso na vivência de um “pseudonamoro”.

Dividir os sentimentos

Algumas pessoas, quando se vêem sozinhas ou talvez experimentando certo tipo de carência afetiva, permitem-se um envolvimento com a superficialidade de um relacionamento sem vínculos, um namoro instantâneo, sazonal ou, em outros casos, um namoro que não consegue aprofundar suas raízes. A ausência do vínculo, talvez, a falta de responsabilidade e a valorização dos sentimentos, por parte dos namorados ou ficantes, certamente, preocuparão aqueles que têm a experiência de vislumbrar o que os mais novos não conseguem enxergar, podendo ser para estes a ajuda perfeita para o melhor discernimento.

É natural do nosso ser partilhar as coisas que nos acontecem – sejam elas boas ou más – com aqueles que amamos. Se o que se vive no coração traz alegria ou apreensão, por que não dividir tal sentimento com os pais? Infelizmente, algumas pessoas não cresceram experimentando a vantagem de dividir com os pais suas dúvidas e crises; outros, que já as viveram, podem estar se afastando de tal riqueza.

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Compromisso

Os pais, na sua sabedoria, perceberão a necessidade de acolher dos filhos “o sagrado” apresentado na conversa como um segredo de confissão. Longe de uma formalidade ou um hábito mantido por gerações, a vantagem desse diálogo está em beneficiar os filhos, com o apoio e direcionamento incondicional dos pais, que não hesitarão em oferecer todas suas experiências vividas anteriormente a eles. Estes não terão a confiança diminuída, tampouco, suas vidas serão controladas com “mão de ferro”, simplesmente, pelo fato de os pais tomarem conhecimento daquilo que os afligem. Entretanto, se o segredo do filho, exposto na conversa, for revelado, comprometerá a credibilidade e a confiança depositada naquele que poderia ser a ajuda.

Assim, para o filho, faz-se necessário a coragem de partilhar seus sentimentos. E para o pai, por sua vez, o compromisso de honrar o segredo do filho e orientá-lo.

Que Deus abençoe pais e filhos!