Amar, para muitos, é uma questão de sentimento, para outros, de vontade. Mas o que significa amar segundo o coração de Deus? Acho que coloquei um ponto de interrogação em sua cabeça…
Que bom, vou tentar resumir o que a Teologia Moral e a doutrina da Igreja ensinam sobre o amor dos homens pelos homens, ou seja, do amor para com as pessoas.
Será que amar é uma inclinação interior que nos leva a fazer o bem para alguém? Sim, é. Uma afeição profunda por algo ou por alguém, que faz com que nos sintamos melhores? Também! Neste artigo, pretendo definir o amor de duas maneiras: a paixão e a benevolência.
A paixão é quando no fundo de nossas boas ações está a realização de nossos interesses e desejos. É um amor frágil. É quando nos sentimos bem com alguém e o enchemos de manifestações de carinho e de bondade. Contudo, ao menor sinal de incompreensão e desagrado que essa pessoa nos faça, imediatamente desistimos dela. Neste caso, nossos sentimentos nos levam a ser indiferentes e frios. No fundo, o amor-paixão é baseado unicamente nos sentimentos, é vazio, sem raízes, parcial e, muitas vezes, somente instintivo.
Já a benevolência está nas atitudes boas que temos por alguém, independentemente do que a pessoa signifique para nós. Nós a aceitamos e a acolhemos como ela é. O outro é importante pelo simples fato de ser pessoa humana.
O amor-benevolência é de vontade e de decisão. Praticamos o bem procurando colocar nossos interesses pessoais em segundo plano.
Uma definição que a Igreja faz sobre o amor é denominá-lo como “doação e acolhimento”. Uau! Profundo, não é? Dá até para fazer um retiro de meditação sobre isso!
Pois bem, o amor é um dom de Deus, quando o vivemos no sentimento e na ação, tendo em conta o bem do outro acima de qualquer coisa, encontramos o seu pleno significado.
Na própria ação de amar encontramos e conhecemos Deus como Ele é, e não como queríamos que Ele fosse.