Depois que o pecado entrou em nossa história, amar tornou-se uma imolação a si mesmo, uma verdadeira crucificação própria. Mas os seus frutos são doces. Não foi isso que Jesus nos ensinou? Ele veio a nós para ensinar o amor. A sua lição foi esta: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei (Jo 15,12).
Ele se apresentou como modelo do verdadeiro amor. Não apenas ele mandou amar, mas amar como Eu vos amo . E como Ele nos amou? Até à cruz!
Antes mesmo de abraçá-la, Ele disse aos discípulos: Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos ( Jo 15,120). Esta é a definição divina do amor: dar a vida.
Isto não quer dizer que para você amar alguém, terá que morrer na cruz por ele, ou morrer de alguma outra forma. Isto significa que você deva dar a sua vida pelo outro, até a morte, isto é , o seu tempo, o seu dinheiro, a sua presença, etc…, e tudo isto desinteressadamente. Se houver uma Segunda intenção em nosso amor por alguém , ele deixa imediatamente de ser puro, e morre. A grandeza do amor é a sua gratuidade.
No hino ao amor (1Cor 13), São Paulo ensina que o amor não busca o seu próprio interesse. Este é o verdadeiro amor que sustenta o casamento e a família. O resto é caricatura do amor, miragens falsas e perigosas. Nada mais perigoso do que colocar o amor falsificado na base do casamento, pois ele não sustentará o lar. Todas as grandes obras realizadas neste mundo foram projetos de um amor verdadeiro.
Quando se planta amor, se colhe amor, ensinava São João da Cruz. Muitas vazes você pode Ter reclamado de que não recebeu amor, mas será que você semeou amor ali naquele lugar?
Se você amar gratuitamente, receberá tudo de volta. Se nos apegarmos ciosamente a nós mesmos e ás criaturas, acabaremos perdendo tudo. O mesmo São João da Cruz ensina a dar tudo pelo Tudo.