Jesus nasceu da Virgem Maria

Os Evangelhos chamam Maria de “a Mãe de Jesus” (Jo 2,1; 19,25; Mt 13, 55); santa Isabel, sob o impulso do Espírito, a chama de “a Mãe de meu Senhor” (Lc 1,43).

Maria é verdadeiramente “Mãe de Deus”, porque é a Mãe do Filho eterno de Deus. A Igreja confessou no Concílio de Éfeso, em 431, que “Maria é verdadeiramente Mãe de Deus” (Theotókos, DS 251). É o dogma da Maternidade divina.
Maria é Imaculada, isto é, concebida sem pecado original; este dogma foi proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX. Para ser a Mãe do Salvador, Ela “foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função” (LG 56). No momento da Anunciação o Arcanjo Gabriel, a saúda como “cheia de graça” (Lc 1,28).

Maria é Virgem perpétua; a Igreja afirma que Jesus foi concebido, exclusivamente pelo poder “do Espírito Santo, sem sêmen” (Conc. de Latrão, DS 503). A conceição virginal é o sinal de que foi verdadeiramente o Filho de Deus que veio numa humanidade como a nossa. A Igreja vê aí o cumprimento da promessa divina dada pelo profeta Isaías: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho” (Is 7,14; Mt 1,23).

A Igreja confessa a virgindade real e perpétua de Maria (DS 427), mesmo durante o parto do Filho de Deus feito homem (DS 291;294; 442; 503;571). O nascimento de Cristo “não lhe diminuiu, mas sagrou a integridade virginal” de sua mãe (LG 57). A Liturgia da Igreja celebra Maria como a “Aeiparthenos” (pronuncie “áeiparthenos”), “sempre virgem” (LG 52).

Maria foi assunta ao céu no término de sua vida terrena; a Santíssima Virgem Maria foi elevada em corpo e alma à glória do Céu, onde já participa da glória da ressurreição do seu Filho, antecipando a ressurreição de todos os membros de seu corpo. Esta verdade é dogma de fé, proclamado pelo Papa Pio XII em 1950.

Maria é nossa Mãe e Mãe da Igreja; Jesus no-la deu como Mãe aos pés da Cruz. Ela é a medianeira de todas as graças. “A missão materna de Maria em favor dos homens de modo algum obscurece nem diminuiu a mediação única de Cristo…” (LG 60). “Cremos que a Santíssima Mãe de Deus, nova Eva, Mãe da Igreja, continua no Céu sua função materna em relação aos membros de Cristo”, disse o Papa Paulo VI (SPF 15).

São Luiz de Montfort disse que Deus reuniu todas as águas e deu o nome de Mar, reuniu todas as graças e deu o nome de Maria.


Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino