Todos nós somos pecadores: “Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade. Se pensamos não ter pecado, nós o declaramos mentiroso e a sua palavra não está em nós” (1 Jo 1,8-10). Os pecados são um peso ao nosso coração e tristeza ao nosso semblante!
É muito difícil perdoar. Nós não sabemos faze-lo. Frequentemente ouvimos alguém dizer: “Eu perdôo, mas não esqueço”.
O perdão destrói a mágoa e a dor, mas não a memória. Não é uma pílula mágica para aniquilar a memória. Nós perdoamos, mas, ainda assim recordamos. Contudo, recordamos de um jeito diferente, não como antes.
Enquanto não perdoarmos, as memórias serão amargas; elas nos trarão ira e tristeza, ao passo que se perdoarmos, poderemos nos recordar de tudo sem ira nem sentimentos amargos. Haverá, inclusive, uma esperança com as memórias, e uma profunda gratidão a Deus, por nos ter libertado da escravidão daquela mágoa. Na verdade, sabemos que realmente perdoamos alguém quando somos capazes de amá-lo.
O Papa João Paulo II dizia: “Recordar, não para nutrir sentimentos de ódio e vingança, mas recordar para que agora e no futuro possamos amar mais; recordar que temos um Deus que nos ama e nos liberta de todo o mal”.
“Por amor do vosso nome, Senhor, perdoai meu pecado, por maior que seja” (Sl 24,11)
Trecho do livro: Quem ama sempre vence