A vida é algo que o homem não cria; ele não a dá a si mesmo, não tem poder para isso, mas a recebe como dádiva do Criador, dádiva esta que na terra lhe escapa sem que o possa impedir.
Nenhum de nós pode fixar quantos anos vai querer viver, isso escapa às nossas capacidades; é um direito de Deus que nos criou.
É isso que faz a sacralidade da vida humana.
Ninguém tem o direito de decidir sobre a própria vida, como se fosse o seu senhor, e mais ainda, ninguém pode decidir sobre a vida dos outros, definindo quem poderá e quem deverá viver ou morrer.
Os critérios da “vida feliz” são muito ilusórios e pessoais, de modo que não é lícito dizer: “Tal vida infeliz não merece ser vivida”; a experiência mostra que pessoas tidas como “desgraçadas” porque eram cegas, surdas e mudas, foram grandes heroínas da humanidade, deixando à posteridade um patrimônio moral e cultural de grande valor.
Grandes vultos da história foram pessoas deficientes, e que alguém poderia desejar que fossem abortados. É bem conhecido este caso:
Em uma faculdade de Medicina, certo professor propôs à classe a seguinte situação:
Baseados nas circunstâncias que vou enumerar, que conselhos dariam vocês a certa senhora, grávida do quinto filho?
O marido sofre de sífilis e ela de tuberculose.
Seu primeiro filho nasceu cego. O segundo morreu. O terceiro nasceu surdo. O quarto é tuberculoso e ela está pensando seriamente em abortar a quinta gravidez.
Que conselhos vocês dariam a esta mãe?
Com bases nesses fatos, a maioria dos alunos concordou que o aborto seria a melhor alternativa. O professor, então disse aos alunos:
– Os que disseram sim à idéia do aborto, saibam que acabaram de matar o grande compositor Ludwig Van Beethoven.
Mas graças a Deus, a mãe de Beethoven não o abortou.
Trecho do livro: Aborto? Nunca!