A vida é algo que o homem não cria

A vida é algo que o homem não cria; ele não a dá a si mesmo, não tem poder para isso, mas a recebe como dádiva do Criador, dádiva esta que na terra lhe escapa sem que o possa impedir.

Nenhum de nós pode fixar quantos anos vai querer viver, isso escapa às nossas capacidades; é um direito de Deus que nos criou.

É isso que faz a sacralidade da vida humana.
Ninguém tem o direito de decidir sobre a própria vida, como se fosse o seu senhor, e mais ainda, ninguém pode decidir sobre a vida dos outros, definindo quem poderá e quem deverá viver ou morrer.

Os critérios da “vida feliz” são muito ilusórios e pessoais, de modo que não é lícito dizer: “Tal vida infeliz não merece ser vivida”; a experiência mostra que pessoas tidas como “desgraçadas” porque eram cegas, surdas e mudas, foram grandes heroínas da humanidade, deixando à posteridade um patrimônio moral e cultural de grande valor.

Grandes vultos da história foram pessoas deficientes, e que alguém poderia desejar que fossem abortados. É bem conhecido este caso:

Em uma faculdade de Medicina, certo professor propôs à classe a seguinte situação:

– Baseados nas circunstâncias que vou enumerar, que conselhos dariam vocês a certa senhora, grávida do quinto filho?

– O marido sofre de sífilis e ela de tuberculose.

– Seu primeiro filho nasceu cego. O segundo morreu. O terceiro nasceu surdo. O quarto é tuberculoso e ela está pensando seriamente em abortar a quinta gravidez.

Que conselhos vocês dariam a esta mãe?

Com bases nesses fatos, a maioria dos alunos concordou que o aborto seria a melhor alternativa. O professor, então disse aos alunos:

– Os que disseram sim à idéia do aborto, saibam que acabaram de matar o grande compositor Ludwig Van Beethoven.

Mas graças a Deus, a mãe de Beethoven não o abortou.

Trecho do livro: Aborto? Nunca!


Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino