(Lc 18:18-23) Pobres ou ricos materialmente, nós nos agarramos ao que temos. O Reino de Deus precisa de homens e mulheres que estejam dispostos a deixar tudo para seguir Jesus. Pedro deixou o que tinha para aprender a investir tudo no Reino dos céus. Já aquele homem notável precisava deixar as suas riquezas… mas não o fez.
Não tenha medo de dar muito! O que está em jogo é o Reino de Deus e Sua Palavra . Um, foi capaz de investir tudo, a começar dos próprios bens. O outro saiu triste. Sabemos o que aconteceu com Pedro. Mas, o que será que aconteceu com aquele pobre coitado que saiu triste, porque era muito rico? Será que ele se encontrou outra vez com Jesus? Será que ele foi feliz? Será que aquela tristeza passou? Ou ele viveu o resto da vida triste pensando: ”Eu tive a chance de me desfazer de tudo para ganhar justamente o que eu estava procurando, e não o fiz”. A tristeza dele seria foi a de ter compreendido que, por causa da sua riqueza, ele perdeu a herança eterna que havia pedido a Jesus.
Faltam pessoas como Pedro: dispostas a investir os seus bens, para a implantação desse Reino. São pessoas que sabem que podem não estar vivas amanhã; e de que serviriam as coisas que possuem? De que serviria o dinheiro, seja ele muito ou pouco, se Deus nos ensina que é preciso abrir mão disso também? E não é somente ”abrir mão”, é investir no reino de Deus.
Sei que você quer seguir Jesus Cristo. Mas é impossível segui-Lo sem ter de deixar tudo. Talvez precisemos começar com as coisas que temos para depois deixar o que é mais difícil: nosso orgulho, preconceitos, as próprias idéias, as pessoas; deixar a nós mesmos. Pedro começou esse aprendizado, e foi até morrer por Jesus: ele não tinha mais nada a não ser o próprio Senhor.
Este aprendizado é para todos. Também para aqueles que não têm bens para deixar.
Neste ”deixar tudo” está incluída a primeira condição para seguir Jesus: renunciar-se a si mesmo. Esta é a coisa mais difícil, tanto para os ricos como para os pobres. Renunciar a si mesmo é renunciar às próprias idéias, aos próprios pontos de vista, às opiniões pessoais. É saber perder, por causa do Reino.
É deixar que os outros cresçam e eu diminua.
É aceitar que os outros têm uma idéia melhor do que a minha. Que a proposta do outro, talvez, não seja melhor do que a minha, mas é a que vai levar à unidade e, por isso, vai render mais no Reino.
É preciso deixar tudo, até a si mesmo para receber a bem-aventurança que Pedro ouviu da boca de Jesus: ”Não temas, doravante serás pescador de homens”. Seremos estes pescadores de homens.
Outra realidade que a Bíblia denuncia é esta: quem se apega às coisas se entristece. Os que são apegados às suas riquezas são preocupados demais com o que possuem, vivem apreensivos com o dia de amanhã, com seus negócios e, por isso, são tristes. Não precisamos ter muito para que isso aconteça. Mesmo o apego a pequenas coisas nos entristece. Já sabemos a razão: ele nos rouba a alegria e a felicidade de sermos exclusivamente do Senhor.
Infelizmente, são poucos os que, como Simão, deixam a grande pescaria. Até os peixes ele deixou! Para quê? Para que Jesus fosse o único Senhor. O tudo da sua vida.
Trecho do livro: Considerai como crescem os lírios