A Igreja tem uma missão salvadora. Continuar a missão de CRISTO. Libertar o homem do pecado e das suas conseqüências. A pastoral da Igreja necessita usar dos mesmos processos que Ele usou para salvar os homens. E até podemos dizer que hoje, como ontem a Igreja precisa de mártires, de quem se sacrifique pelos os ideais da Verdade, da Justiça e do Amor.
No seu famoso livro “Humanismo Integral”, traduzido para o italiano pelo então Mons. Montini, o pensador francês Jacques Maritain escreveu: “Se o mundo purifica os cristão espalhando o seu sangue, ao mesmo tempo o sangue dos cristãos purifica também o mundo. É, talvez, desta dupla purificação que nascerá a nova cristandade a surgir”. (pág. 278).
Autênticos cristãos de Cristo são os que, pelo Batismo, estão incorporados a Ele, cabeça do Corpo Místico, procurando viver no amor e na justiça, celebram a Memória da sua Paixão e se alimenta do Corpo do senhor. Para isto é que se anuncia a palavra de Deus, que é a fonte da fé. Esta se torna viva pela caridade. A caridade é que deve levar à ação pastoral verdadeira. A pastoral cristã se volta para a vida comunitária da Igreja e da sociedade humana.
A “LUMEN GENTIUM” é um documento do Concílio que nos leva ver a Igreja como povo de Deus, na sua dimensão cristã, como diz São Tomás de Aquino. Ela é o povo da Nova Aliança, e não apenas uma sociedade bem organizada. O mistério da Igreja é que ela é a realização, no tempo, do plano eterno de Deus: Salvar todos os homens em Cristo (Efésios 1, 3-8). A Igreja se esforça para se tornar um corpo missionário, enquanto portadora da Mensagem da Paz de Deus para os homens.
Deste despertar a Pastoral está se beneficiando, pois ela passa a ser não apenas uma ação de Bispo e Padres, mas toda a comunidade eclesial. Seguindo as orientações do Concílio, a Pastoral procura a levar em conta a realidade do homem de hoje, como foi estudado na Constituição Pastoral “GAUDIUM ET SPES”. A Teologia e a Antropologia se unem para dar sentido e fundamentação a uma Pastoral eficaz.
Hoje, a Pastoral começa também a preocupar os leigos. Desde Pio X, no começo do século XX, e depois do Concílio, adquiriram uma certa maioridade e começaram a se sentir responsáveis pela vida e desenvolvimento da Igreja.