Reveladores de Deus

Sou seminarista da comunidade Canção Nova, faço o primeiro ano de teologia e, certa vez, ouvi me dizerem que teologia não se estuda, mas se reza. E é justamente o que tenho experimentado: é preciso rezar teologia.

Teologia é o estudo de Deus e estudá-lo é uma tarefa desafiadora e, como diz um dos meus professores: “teologia é um jeito desajeitado de falar de Deus”, onde, em muitos momentos, diante do mistério grande que nos é apresentado, o caminho a se tomar é o do abandono à fé, é o de se calar diante do imenso horizonte revelado da vida divina e fazer uma experiência dessa vida através da oração; viver a vida de Jesus, Deus encarnado e, assim, ir cada dia mais se apaixonando pelo mistério de Deus presente em nossa humanidade.

Como dizia o filósofo Wittgenstein: “Aquilo de que não se pode falar, é melhor se calar”, e eu ousaria acrescentar: é melhor experienciar…

Entender Deus nesta vida?! Jamais!
Experenciá-lo?! Sempre e em todas as circunstâncias, boas ou ruins, pois Deus que é amor, se derrama e se revela no dia-a-dia, num abraço, num sorriso, numa lágrima ou numa dor, no menor gesto feito ou sofrido com amor que é a essência desse Deus bom e perfeito, que contrariou toda a concepção humana de amor, morrendo numa cruz por nós.

Só poderemos nos aprofundar na revelação de Deus, se lermos o Cristo, o revelador. Nos seus atos humanos, se revela a divindade. Em cada ato de Jesus, acontece a revelação.

Calando-se diante Dele, O experimentaremos tal qual Deus é, e poderemos, muito mais do que falar, revelar esse Deus a tantos quantos de nós se aproximarem.
Vivamos a vida de Cristo e sejamos, com Ele, reveladores de Deus.