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Carisma Canção Nova, um carisma do bom humor e da alegria

Caro internauta, no artigo de hoje, quero partilhar sobre um tema que, para mim, é muito caro: o carisma Canção Nova. No ano de 1987, padre Jonas foi motivado a escrever um documento que pudesse ajudar a equipe vocacional na importante tarefa de acompanhar e discernir as novas vocações que estavam surgindo. Diante dessa motivação, ele compôs um importante documento intitulado “Critérios para reconhecer uma vocação Canção Nova”. Trata-se de uma verdadeira obra prima, um magnífico suporte não apenas para a equipe vocacional, mas para todos aqueles que foram chamados e se dispuseram a ofertar sua vida a Deus nessa obra de evangelização.

Enquanto fundador, padre Jonas elenca, no documento, aproximadamente 40 características comuns que ele percebia existir nos membros da Comunidade Canção Nova. O texto aponta, por exemplo, a maneira própria de um “Canção Nova” se relacionar com Deus, sua busca pela santidade, sua vivência diária da oração, sua profunda relação pessoal com Deus, seu desejo de conhecer mais profundamente a Palavra de Deus, sua capacidade de trabalho dentre muitas outras.

Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

O bom humor no carisma Canção Nova

Como filho espiritual desse grande homem de Deus e formado nesse maravilhoso carisma, vou cometer um ato de grande ousadia e apontar uma característica não mencionada nesse documento específico: o bom humor, ou melhor, o santo bom humor! Muito embora o padre Jonas não tenha apresentado essa característica de maneira explícita no documento, estou certo de que ele assinaria embaixo minha constatação.

Existe uma expressão latina que muito me agrada: operari sequitur esse. A tradução seria algo como “opera-se em conformidade com o que se é”. Essa expressão, diga-se de passagem, está em total consonância com outra máxima muito usada pelo padre Jonas, que fora emprestada do filósofo Aristóteles: “o agir segue o ser”. Em outras palavras, uma bola “agirá” sempre como uma bola, um passarinho agirá sempre como um passarinho, um “canção nova” sempre terá na sua maneira de agir traços do carisma ao qual fora vocacionado.

Postas essas bases, posso testemunhar com grande entusiasmo e convicção: a alegria é um dos traços mais expressivos daquele que é chamado a viver e testemunhar Cristo no carisma Canção Nova. Mesmo diante de todos os desafios dessa vocação, e, diga-se de passagem, são muitos e inimagináveis, a alegria que o carisma Canção Nova comporta não deixa de evidenciar-se a todo instante.

É uma alegria simples e desinteressada, que brota da austeridade da vida, do depender de Deus em todas as circunstâncias, da imensa gratidão interior em ser testemunha ocular da infalível Providência de Deus no ter e no não ter, enfim, é uma alegria que brota dos laços comunitários que preenche a mente, a alma e o coração. Uma alegria que não dá para disfarçar nem dissimular. É uma alegria que, simplesmente, existe, que é, que se faz presente.

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A alegria é exclusiva do carisma Canção Nova?

Contudo, cabe dizer que a alegria não é uma característica exclusiva do carisma Canção Nova. De forma alguma! Sabemos que ela é um atributo evidente de todo cristão legítimo, quer dizer, aquele que segue a Cristo, ou melhor, que se faz cristo no Cristo. A alegria é contada como um fruto do Espírito Santo dentre os outros 11 frutos enumerados pelo Catecismo da Igreja Católica. (cf. CIC 1832). Portanto, ela é um patrimônio valioso de todo cristão.

Como relação a essa alegria pertencente a todos os cristãos, mas se manifesta de maneira particular no carisma Canção Nova, o Cardeal Stanislaw Rylko proclamou, por ocasião do Reconhecimento Pontifício da Comunidade Canção Nova, algo muito interessante: “[…] Monsenhor Jonas chama a todos de “família Canção Nova” e, enquanto ele se pronunciava, olhei para vocês e vi que, realmente, são uma família. […] olhando os seus rostos, cheios de alegria, vem-me à memória as palavras que o Santo Padre Bento XVI sempre diz a propósito das Novas Comunidades: ‘São trabalhadores de uma fé cheia de alegria e de entusiasmo’. […] testemunhar essa alegria da fé é, realmente, uma bênção e algo de que a Igreja tem particular necessidade hoje”.

Caro cristão, a nossa alegria é um dom de Deus dado a nós pelo doador de todos os dons, o Espírito Santo. Esteja certo de que não nos foi dado à toa, possui um propósito muito precioso. Seja um sinal para o mundo e contagie a todos com a alegria do Espírito Santo. E, para os que se percebem Canção Nova, resgate essa alegria dentro de você. Ela também pode ser sinal de vocação específica.

Deus abençoe você!
Até a próxima!

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