Conversão

Leia o testemunho de uma ex-praticante de candomblé

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Eu, quando criança, tive a visão de um busto feminino atrás da igreja da minha cidade. Aquilo me assustou, e eu nunca contei para ninguém. Eu cresci afastada da Igreja, mesmo minha família sendo católica. Fui batizada somente. Ia às missas de vez em quando. Quando jovem, dei muita preocupação para minha mãe; frequentava o candomblé, porque achava fascinantes os orixás. Pequei contra o primeiro mandamento sem saber que era errado.

Teve uma época da minha vida, que pedi a Deus para me levar, pois eu e minha mãe éramos feito gato e rato. Pedi a Jesus, num momento de desespero, que me desse um motivo para querer viver. Aí, eu engravidei do meu primogênito, e toda a minha vida mudou. Eu era mãe solteira, mas Deus usou isso para me dar um motivo pra viver. Foi na época do padre Marcelo Rossi. Eu ouvia, dia e noite, as músicas do Espírito Santo, e isso me aproximou de Deus!

Ainda nessa época, tive um sonho com Nossa Senhora de Guadalupe, e eu não a conhecia. Eu a vi nos meus sonhos e, no outro dia, fui visitar um asilo; na capela de lá, havia a mesma imagem dos meus sonhos. Lembro-me de que, um dia, minha irmã Luciana estava fazendo um encontro de Nossa Senhora e eu fiquei zombando dela. Eu perturbei tanto, que ela acabou com a reunião chorando.

O primeiro encontro: É Jesus!

Outra vez, foi que ela estava adorando e me disse: “Nay, ajoelhe-se aí, é Jesus”. Eu, ousada, disse que não me ajoelharia se Ele não me mostrasse que Ele estava ali. Ela então me disse: “Peça para Ele lhe mostrar se Ele está aí ou não!” Eu disse: “Se você estiver aí, me mostre”. Uma semana depois, eu estava com meu filho e minha mãe perto de uma igreja de Nossa Senhora da Assunção, e uma força me levou a desviar do caminho e parar lá. Era uma quinta-feira, e Jesus estava exposto. Ao entrar na igreja, eu fui direto para Ele e me prostrei, chorando incontrolavelmente. Meus ouvido se fecharam, e eu só ouvia uma música belíssima como que cantada por anjos. Foi meu primeiro encontro com Jesus.

Na época que eu frequentava o candomblé, fiz uma promessa para Nossa Senhora das Graças e eu alcancei a graça pedida. Prometi que, se alcançasse, eu me afastaria do candomblé. E eu me afastei para honra e glória de Deus. Hoje, eu nem me lembro dos nomes dos macumbeiros nem onde eram os terreiros.

Aos 33 anos de idade, eu ia para a Missa com minha tia, e lá eu tive três momentos que conto rindo: sentia sono durante a missa, e minha tia dizia que era o encardido. Senti um calor no meu coração, e tia dizia que era o Espírito Santo; por fim, ouvi uma voz me dizendo: “Venha, eu sou Jesus!”. Comunguei e tudo passou. Procurei um sacerdote, confessei-me e fui fazer os estudos para minha Primeira Eucaristia. Fiz somente três meses, pois já sabia muitas coisas sobre a Bíblia, já havia lido três vezes, e tudo o que as irmãs me perguntava eu respondia. Foi maravilhoso! Fiz minha Primeira Eucaristia e minha primeira vigília. Logo após, eu me crismei. Eu sempre fui uma verdadeira adoradora de Jesus Eucarístico. Já queria ser ministra, mas o padre disse: calma.

Nunca mais duvidar

Mesmo indo à igreja, eu e minha mãe brigávamos muito. Minha irmã ia para a Canção Nova, e me mandou ir para o interior. Antes, eu tive outro momento maravilhoso. Estava eu, numa madrugada, cantando músicas para o Espírito Santo, e, nesse dia, eu fui batizada no Espírito. Como? Não sei. Só sei que desceram sobre mim línguas de fogo saindo da lâmpada da sala. Posso parecer louca? Não! Ali, meu coração queimou e isso também me assustou – eu estava tendo experiências sobrenaturais que eu jamais havia tido e não entendia. Fui para o interior, tomei posse do emprego da minha irmã e também das coisas da Igreja.

Deus sonda nosso coração e, apesar de ter tido todas essas experiências, eu, no fundo, não entendia como Jesus se fazia presente na Eucaristia. Uma noite, fui para um tríduo num povoado; minha amiga ia pregar e eu escrevi a pregação. Ela, na hora, me disse: “Você vai fazer, pois eu estou afônica”. Eu me assustei, mas fiz. Dei meu testemunho. Foi maravilhoso! Uma outra vez, nessa mesma capela, eu tive outra experiência com Jesus. Na hora da consagração, eu vi, por duas vezes, nas mãos do sacerdote, as chagas de Cristo, e escorria sangue. Achei que estava louca e fui no outro dia me confessar. O padre me disse: “Nunca mais duvide que Jesus está ali, e não eu”.

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Eu sei que Deus tem propósitos para todos, e sou grata por Ele não ter me abandonado. Na época que frequentava o candomblé, eu fiz uma promessa para Nossa Senhora das Graças e alcancei. Prometi que se alcançasse, eu me afastaria do candomblé. Eu me afastei e, para honra e glória de Deus, hoje eu nem me lembro dos nomes dos macumbeiros e nem onde era os terreiros.

Presença de Deus

Um dia, eu tive um sonho: sonhei que tinha morrido e fui parar no céu. Havia um portão enorme, eu entrei e fui recebida por um velhinho, acho que era São Pedro. Aí, eu falei que queria falar com Deus, e o velho me disse que era impossível. Eu sempre fui muito ousada e persistente, então disse: que Deus é esse que quando eu mais preciso d’Ele, ele não me atende? Aí, de repente, me deparei num andar de cima. Um jardim ainda mais maravilhoso, e me mandaram seguir em frente que lá eu veria Deus.

Cheguei e entre, eu e Ele. Havia um riacho, e percebi que vinha alguém ao meu encontro. Quando eu levantei minha cabeça para ver quem era, eu vi um ancião enorme, com vestes brancas e uma barba enorme, mas seu rosto não tinha olho, boca, nada! Era somente luz , e ele estendeu Sua mão para pegar na minha. A mão dele era 10 vezes maior, e quando nossas pontas dos dedos se tocaram, eu acordei chorando. Eu soluçava e fiquei muito, muito feliz, porque eu tinha visto Deus.

Os frutos da conversão

Enfim, eu era uma ovelha perdida, um Pedro, uma Madalena, um Saulo… Hoje, sou um Nicodemos que renasceu da água e do Espírito somente pela graça e a misericórdia. Hoje, mais de 20 anos passados, sou ministra extraordinária da Eucaristia, que era meu sonho, e coordenadora do grupo ‘Mães que oram pelos filhos’. Hoje, sou feliz, porque Deus me resgatou, me restituiu e me deu vestes novas.

Tem mais uma coisa que Deus fez por mim: eu vivia para o mundo, eu era 100% sexo e me sentia infeliz, um lixo. Deus me curou do meu pior pecado, que era a sexualidade. Desde 2011, vivo minha castidade no corpo e na alma. Nem pensamento maldosos Deus me permite ter. Não assisto a filmes pornográficos nem nada que me faça cair. Sei que tudo é graça e não merecimento. Louvo a Deus por tudo!

A ação conjunta para a conversão

O que a Canção Nova tem a ver com minha conversão? Foi através da TV, de uma adoração, que tive meu primeiro encontro com Jesus sacramentado. Foi padre Jonas, José Augusto – que eu amo justamente por ser durão –, padre Léo, padre Rufus e todos da Canção Nova que contribuíram para minha catequese e conversão. Foi a Toca de Assis que me ensinou a adorar Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento. Foram as adorações, os Tocões, as tendas com o padre Léo que me ajudaram na minha conversão.

Foram as orações da minha mãe, de Luciana e tia Maria que me fizeram converter. Foi Deus, na Sua infinita misericórdia e bondade, que nunca me abandonou. Já realizei um sonho que era ser ministra. Agora, se Deus me permitir, irei realizar o outro sonho, que é conhecer a Canção Nova. Deus seja louvado! Jesus, eu te amo e vou te amar sempre! Gratidão é o que sinto.

Nayara Nirze de Carvalho Couto – Paróquia Nossa Senhora do Amparo – Ribeira do Amparo – Bahia

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