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Papa recorda 100 anos do assassinato de Charles de Foucauld

Assaltantes mataram o sacerdote Charles de Foucauld, porque queriam roubar o ‘tesouro’ do qual ele tanto falava

Papa Francisco recordou, na Missa desta quinta-feira, 1º de dezembro, os cem anos do assassinato de Charles de Foucauld. O Santo Padre ressaltou o testemunho de vida desse sacerdote que tanto bem fez à Igreja. Sua beatificação foi realizada por Bento XVI em 2005.

Francisco rezou para que o beato nos abençoe e nos ajude a caminhar na pobreza, na contemplação e no serviço aos pobres.

Papa recorda 100 anos do assassinato de Charles de Foucauld

Quando morei em Roma, entre os anos de 2002 e 2007, tive contato com a história desse homem santo, especialmente por meio das Irmãzinhas de Jesus, que vivem uma vida muito simples na periferia de Roma. Foi assim que conheci mais sobre Charles de Foucauld e sobre a oração composta por ele, que está no fim deste texto.

Nascido na França, em 1858, Carlos de Jesus perdeu os pais quando tinha seis anos. Na juventude, entrou para o exército, mas foi despedido por indisciplina. A partir disso, começou a viajar pelo norte da África como explorador. Era descrente de tudo, mas acabou encontrando a fé no confessionário.

Dessa maneira, Charles de Foucauld descobriu que Deus é misericordioso e, sem saber, era o que ele sempre buscava. Tornou-se padre e viveu no deserto em meio aos árabes. Anunciou o Evangelho vivendo a pobreza radical. Era mais pobre que os pobres do Saara.

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Carlos era amigo dos tuaregues, um povoado constituído por pastores seminômades, agricultores e comerciantes, a maioria muçulmanos. Foi morto por assaltantes que queriam descobrir o tesouro do qual ele tanto falava. Não compreenderam que o tesouro estava no sacrário: era Jesus na Eucaristia, o centro de sua vida.

Espero que você, ao rezar a Oração de Abandono, faça uma bela experiência de liberdade interior com o amor de Deus:

“Meu Pai,
Eu me abandono a Ti.
Faz de mim o que quiseres.
O que fizeres de mim,
Eu Te agradeço.

Estou pronto para tudo, aceito tudo.
Desde que a Tua vontade se faça em mim
E em tudo o que Tu criastes,
Nada mais quero, meu Deus.

Nas Tuas mãos entrego a minha vida.
Eu Te a dou, meu Deus,
Com todo o amor do meu coração,
Porque Te amo
E é para mim uma necessidade de amor dar-me,
Entregar-me nas Tuas mãos sem medida
Com uma confiança infinita
Porque Tu és…
Meu Pai!”