Entenda

Qual a diferença entre jejum e abstinência?

O que é o jejum?

O jejum consiste em fazer uma só refeição forte ao dia. A abstinência consiste em não comer carne. A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa são dias de abstinência e jejum. A abstinência é obrigada a partir dos 14 anos, e o jejum dos 18 aos 59 anos de idade.

Com esses sacrifícios, trata-se de que todo nosso ser (alma e corpo) participe em um ato onde reconheça a necessidade de fazer obras com as quais reparemos o dano ocasionado com nossos pecados e para o bem da Igreja. O jejum e a abstinência podem ser trocados por outro sacrifício, dependendo do que ditem as Conferências Episcopais de cada país, pois elas têm autoridade para determinar as diversas formas de penitência cristã.

Qual a diferença entre jejum e abstinência?

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Por que o jejum?

É necessário dar uma profunda resposta a essa pergunta, para que fique clara a relação entre o jejum e a conversão, isto é, a transformação espiritual que aproxima o homem a Deus. O abster-se de comida e bebida tem com como fim introduzir na existência do homem não somente o equilíbrio necessário, mas também o desprendimento do que se poderia definir como ‘atitude consumística’.

Tal atitude veio a ser em nosso tempo uma das características da civilização ocidental. O homem, orientado aos bens materiais, muito frequentemente abusa deles. A civilização se mede então segundo quantidade e a qualidade das coisas que estão em condições de prover ao homem e não se mede com a medida adequada ao homem.

Essa civilização de comum fornece os bens materiais não somente para que sirvam ao homem em ordem a desenvolver as atividades criativas e úteis, mas cada vez mais para satisfazer os sentidos, a excitação que deriva deles, o prazer, uma multiplicação de sensações cada vez maior.

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O homem de hoje deve abster-se de muitos meios de consumo, de estímulos, de satisfação dos sentidos, jejuar significa abster-se de algo. O homem é ele mesmo quando consegue dizer a si mesmo: Não. Não é uma renúncia pela renúncia: mas para melhor e mais equilibrado desenvolvimento de si mesmo, para viver melhor os valores superiores, para o domínio de si mesmo.