O sacerdote, no momento da confissão, é como um procurador
Quem nunca ouviu alguém dizer: “Eu não vou me confessar com um homem, um sacerdote, um pecador. Jamais!”. Além dessas pessoas, existem aquelas que não se confessam por vergonha; outras, porque acham que não precisam se confessar, enfim, os motivos são muitos. Mas, de todos os motivos, o mais grave (ou talvez que faça parte de todos os outros) é a falta de conhecimento.
Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com
O que você acha de conhecer a real importância da confissão?
Todo ser humano tem necessidade de compartilhar com o outro algo que esteja vivendo, sobretudo, algo complicado, como por exemplo, um erro. Já percebeu que, quando você faz alguma coisa errada, sempre procura alguém e lhe pede: “Não conte para ninguém”. Então, você acaba falando tudo para essa pessoa. Não é verdade que, muitas vezes, depois de conversar, você sente-se um pouco mais leve? É, mais ou menos assim, que acontece com a confissão, mas com algumas vantagens.
Não precisa pedir sigilo ao padre
A primeira vantagem da confissão é que você não precisa pedir sigilo ao padre, porque esse não pode falar nada a ninguém, não importa o que aconteça. Segundo: quando você fala com uma pessoa qualquer, ainda continua com uma grande culpa pesando sobre você, mas quando você se confessa com o padre, na verdade, está se confessando com Jesus.
O sacerdote é como um procurador
O sacerdote, no momento da confissão, é como um procurador. Quando alguém está doente e não pode ir ao banco nem resolver situações jurídicas, ele faz uma procuração e o procurador pode agir civilmente em nome do enfermo. Assim também é o sacerdote. Não importa se a pessoa que está com a procuração tem dinheiro no banco, o que importa mesmo é se quem fez a procuração tem dinheiro no banco; e para nós quem fez a procuração foi Jesus e, Ele é riquíssimo em santidade e misericórdia. Portanto, pecado confessado, com arrependimento no coração, é pecado perdoado. Além do mais, o Senhor mesmo nos disse para procurarmos os padres e a Igreja, a fim de nos confessarmos (cf. Jo 20,23).
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O sacerdote não tem poder por si mesmo
Como dizia o nosso saudoso padre Léo: “Quem se confessa é absolvido; e quem não se confessa é absorvido”. Não seja absorvido pelo mal, pelo passado, pelos pecados; não espere a santidade do padre para se confessar, pois, por mais santo que ele possa ser, nunca poderá ter o poder por ele mesmo para perdoar você. O sacerdote é constituído e querido por Jesus; é o “procurador”, aquele quem tem a procuração da Misericórdia de Deus. Procure o padre, não tenha vergonha ou medo, pois a confissão é o ato por meio do qual você se acusa, mas não é acusado; expõe-se, mas não é exposto; pelas palavras, condena, mas não é condenado. Entra como réu confesso e sai absolvido pelo procurador da Misericórdia do Senhor.
Deus o abençoe!
Padre Sóstenes Vieira, missionário da Comunidade Canção Nova.
