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A fé na Encarnação do Filho de Deus segundo a Igreja

A fé na Encarnação precisa ser bem compreendida por todos os cristãos, já que cremos que Jesus veio a este mundo nos trazer a salvação e nos mostrar o Pai. Vejamos, dessa forma, o que a Igreja ensina sobre a Encarnação de Cristo.

No início do Evangelho de São João, é dito que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). O Verbo é Jesus Cristo, que se encarnou no seio da Virgem Maria. São Lucas narra o que o Anjo disse: “Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo” (Lc 1,30-32). E São João, mais uma vez se referindo a Jesus, diz: “No princípio, era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus” (Jo 1,1).

A fé na Encarnação do Filho de Deus segundo a Igreja

Foto Ilustrativa: by Getty images / Arthit_Longwilai

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós

Assim, é importante termos claro que “a fé na Encarnação verdadeira do Filho de Deus é o sinal distintivo da fé cristã. ‘Nisto reconheceis o Espírito de Deus. Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne é de Deus’ (1Jo 4,2)” (CIC 463). Ou seja, todo cristão deve crer que Cristo é o Verbo, Filho de Deus que se encarnou e veio até nós, e que Jesus é Deus.

Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem

A Igreja ensina que o acontecimento único e totalmente singular da Encarnação de Jesus Cristo não é uma forma de pensar o Senhor sendo em parte Deus e em parte homem, nem ao menos que Ele seja resultado de uma mesclagem confusa entre divino e humano, mas o que se crê e afirma é que “Ele se fez verdadeiramente homem permanecendo verdadeiro Deus. Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem” (CIC 464).

Essa verdade de fé na Encarnação de Jesus “é a alegre convicção da Igreja desde o seu começo, quando canta ‘o grande mistério da piedade’: ‘Ele foi manifestado na carne’ (1Tm 3,16)” (CIC 463); e “todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne é de Deus” (1Jo 4,2). Isso quer dizer que acreditamos, conforme as Escrituras, que o Senhor se encarnou, que Deus veio a nós, que Ele “foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado” (Hb 4,15).

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A Igreja confessa que Jesus é inseparavelmente verdadeiro Deus e verdadeiro homem, pois Nosso Senhor não foi somente um grande Homem na história ou simplesmente alguém muito importante, mas sim que Ele é Deus. Cristo “é verdadeiramente o Filho de Deus que se fez homem, nosso irmão, e isto sem deixar de ser Deus, nosso Senhor” (CIC 469).

A atualidade da Encarnação para nossa vida

A Igreja ensina que por nós e para nossa salvação, Jesus se encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria e se fez homem. Essa imensidão de amor é atual em nossa vida, porque “o Verbo se fez carne para nos salvar, reconciliando-nos com Deus” (CIC 457), e assim podemos experimentar a sua presença e salvação que, de fato, veio ao mundo por amor a nós.

O Verbo se fez carne para que pudéssemos conhecer o amor de Deus. Jesus se encarnou para ser nosso modelo de santidade e nos mostrar o Pai, como Ele próprio disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14,6). Dessa forma, Jesus é o modelo de bem-aventuranças e a norma da Nova Lei, que é amar uns aos outros como Ele nos amou. (Cf. CIC 458-459).

Portanto, o Cristo concebido pelo poder do Espírito Santo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é a verdade que precisa penetrar no mais profundo do nosso ser. Que possamos compreender que cremos num Deus vivo, que age em nossa vida hoje, pois o Senhor não parou na morte de cruz, mas ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus, onde está sentado à direita de Deus Pai e um dia voltará em Sua glória.

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