Vida familiar

Dúvidas mais comuns sobre o Método de Ovulação Billings

Existem muitas dúvidas  sobre o Método de Ovulação Billings. Vamos esclarecer algumas delas

Olá! Estou por aqui, de novo, para conversar sobre o Método de Ovulação Billings. Desta vez, pediram-me para falar um pouco sobre as dúvidas, as perguntas frequentes que escuto nos atendimentos que realizo nesses 19 anos como Instrutora do Método.

Neste texto, vou listar algumas dúvidas que escuto e, em seguida, farei o esclarecimento.

A menstruação é o evento mais importante do ciclo da mulher?

Na verdade, o evento mais importante do ciclo da mulher é a ovulação. Aqui, estamos diante de um conceito muito interessante, pois, ao ensinarmos às mulheres o Método de Ovulação Billings, vamos dispor para elas ferramentas, recursos para que entenda e constate os sinais do seu corpo, que indicam sua ovulação. Assim como o corpo dá sinais para a mulher de que ela está menstruando, ele também dá sinais de que ela está ovulando. E a ovulação é o evento mais importante do ciclo da mulher, é um sinal de saúde.

Dúvidas mais comuns sobre o Método de Ovulação Billings

Foto ilustrativa: SIphotography by Getty Images

O fato de a mulher ter menstruações regulares indica que ela ovula?

Não. Ao ensinarmos às mulheres o Método de Ovulação Billings, elas vão aprender que toda menstruação é precedida de uma ovulação, e que existem outros tipos de sangramento no ciclo, além da menstruação. Existe o sangramento de rompimento “breakthrough bleeding”, sangramento de retirada “withdrawal bleeding”, e o sangramento de nidação “Embryo implantation”.

Sou desregulada, não posso fazer o Método de Ovulação Billings

Essa é uma frase muito falada pelas mulheres. Em primeiro lugar, geralmente o que se entende por “desregulada” é o fato de não ter ciclos iguais, com o mesmo número de dias mês a mês. Como, geralmente, as mulheres têm conhecimento sobre a menstruação, assim ela acaba fazendo o registro da menstruação e espera que ela venha no mesmo dia a cada mês.

Interessante que, as mulheres que aprendem o Método de Ovulação Billings entendem que o evento mais importante é a ovulação, e entendem que ela pode apresentar ciclos normais ovulatórios férteis um mês com 25 dias, no outro com 29 dias e num outro com 35 dias, e isso não quer dizer que ela seja desregulada. O que acontece é uma mudança de paradigma, pois o olhar está sob a ovulação, isso é um conhecimento que toda mulher precisa ter.

Mesmo que você pense, por um motivo ou outro, que tem ciclos irregulares, comece a aprender o Método de Ovulação Billings; assim, vai se conhecer e verificar, de fato, o que está acontecendo com sua saúde reprodutiva.

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Na amamentação, o Método de Ovulação Billings funciona

O Método de Ovulação Billings é científico e natural, eficaz para a regulação da fertilidade. Baseia-se no conhecimento da fisiologia reprodutiva, que permite individualizar os ritmos de fertilidade da mulher. Assim, ela aprende a identificar o ciclo normal ovulatório fértil, e, portanto, tudo aquilo que apresentar uma variante desse tipo de ciclo ela também será capaz de identificar, como é o caso da amamentação.

Neste período, o casal será acompanhado quinzenalmente pelo instrutor qualificado para identificar o momento que a sua fertilidade retornará; enquanto isso, o casal aplicará as Regras dos Primeiros Dias, caso haja motivos justos para o espaçamento de uma gravidez.

Lembrando que o Método de Ovulação Billings é aplicável em todas as fases da vida reprodutiva da mulher.

O Método de Ovulação Billings é aquele que tem que pegar o muco?

Não. Precisamos, aos poucos, eliminar essa ideia, pois pegar o muco compromete a eficácia do próprio método. A pessoa que está aprendendo precisa registar, no gráfico, a sensação vulvar e a aparência daquilo que vê; porém, não deve pegar nem tocar o muco cervical.

Sem dúvida, as mulheres acabam querendo segurar-se mais na informação do que elas veem, porém, procurar o muco cervical dentro do canal vaginal vai gerar confusão no aprendizado do método. Ensinamos as mulheres a dar mais importância no registro da sensação vulvar.

O Método de Ovulação Billings é o contraceptivo que a Igreja aprova?

Essa é uma boa pergunta. Em primeiro lugar, um casal de noivos que procura a Igreja para receber o matrimônio está buscando viver um sacramento, o qual comporta três bens: a unidade, a fidelidade e a fecundidade. Tomando este último, de acordo com a catequese da Igreja Católica, o casal de noivos que quer viver o sacramento do matrimônio deve estar aberto à vida, à procriação, aos filhos que poderão gerar. Logo, a contracepção vem na contramão daquilo que é a proposta de vida no amor, no sacramento do matrimônio.

Outra coisa, inserir o Método de Ovulação Billings como um método que a Igreja aprova também não deve ser uma afirmativa. Na Encíclica Humanae Vitae, do Papa Paulo VI, sobre a Regulação da Natalidade, aponta como lícito para os casais usarem os métodos naturais.

Algo importante: o casal vai lançar mão do Método de Ovulação Billings se houver razões justas e graves para espaçar uma gravidez, fora isso, a abertura à vida é a premissa, é o natural para a vida matrimonial.

Por isso, um casal de noivos, assim como um casal já casado, deve estar continuamente se perguntando: “Temos, de fato, motivos sérios e justos para espaçar uma gravidez?”. Caso existam esses motivos, torna-se lícito usar o Método de Ovulação Billings; caso contrário, não. Aqui está a dinâmica de viver o amor, a fecundidade, a responsabilidade, a generosidade e a abertura à vida para aquela família.

Existem outras questões que as pessoas me perguntam durante o atendimento, mas escolhi apenas algumas dela para iniciarmos o nosso bate-papo. Um abraço e até o próximo artigo!

 


Fabiana Maria da Conceição Azambuja Conceição Azambuja

Fabiana Maria da Conceição Azambuja é Brasileira, nasceu no dia 04/06/1974, em Goiânia, GO. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 1997 no modo de compromisso do Núcleo. Casada, mãe de 4 filhos.
Atuação Missionária
1997 a 2000: Na Rádio Canção Nova, Redatora e Locutora de Jornalismo, Participação no Programa Clube da Amizade. Na TV Canção Nova), personagem como a “Bonequinha Tetê, no Programa Cantinho da Criança. Apresentadora do Programa Arquivo Canção Nova, Trocando Ideias e Jornal CN.
(2000 a 2003): correspondente de notícias do Papa e do Vaticano em Roma, produtora de documentários da vida dos santos.
(2003 a 2006): Redatora e Apresentadora do Jornal da Tv, e redatora do Jornalismo na internet: cancaonova.news
( 2006 a 2009): Responsável pelo Setor de Comunicação – Assessoria de Imprensa- Comunicação Interna – Relações Públicas. Gerente MKT Institucional.
2009 : Coordenadora Centro de Formação Famílias Novas- Centro Médico Padre Pio – Sexualidade e Transmissão da Vida.