Relacionamento pais e filhos

Construindo a afetividade de nossos filhos

Entenda como se deve construir a afetividade dos filhos

Afetividade é o conjunto de sentimentos e emoções que possuímos com relação a nós mesmos, aos outros e a Deus. É a capacidade de amar, de ser bom, cordial, simpático e altruísta. A afetividade está ligada, essencialmente, às relações que estabelecemos; portanto, é a capacidade de estabelecer laços de união profunda. Por isso, exerce um papel fundamental no desenvolvimento da personalidade humana, pois define a forma como nos relacionamos com os outros.

Construindo a afetividade de nossos filhosFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

É por meio de relacionamentos afetivos positivos que formamos em nossas crianças e jovens o terreno fértil, para que a própria afetividade deles seja madura. Somos também responsáveis pela maturidade afetiva de nossos filhos.

Num mundo descartável, onde tudo passa rapidamente e as coisas não têm durabilidade, é preciso mostrar aos jovens que os relacionamentos podem ser duradouros, que é bom dar-se ao outro sem esperar nada em troca, que o prazer corporal é passageiro e o que fica são as marcas do amor dado.

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Criticamos os jovens que ora ficam com uma, ora com outra, porque não estabelecem relações duradouras e profundas nem são fiéis. No entanto, muitos de seus pais também não o são, passaram por relacionamentos afetivos, de amizade, profissionais e não foram capazes de suportar qualquer crise ou sofrimento, por isso, descartaram os outros. Inclusive, o parente que não serve para mais nada, a não ser para dar despesas, reforçando a ideia de que só temos valor quando somos produtivos, esquecendo-se de que ele [parente] continua sendo uma pessoa e do que já fez.

Nós nos tornamos insensíveis e formamos nossas crianças e jovens insensíveis afetivamente. É por meio do exercício da afetividade intrafamiliar, onde há amor autêntico, entrega incansável, abnegação, diálogo e compreensão, que se desenvolve um jovem capaz de estabelecer uma relação sadia com o mundo, com as pessoas, com ele mesmo e com Deus. Ambiente no qual caminhará reconhecendo seu verdadeiro valor, aceitando seus limites, sabendo quem é aberto para o relacionamento amoroso com o outro sexo, capaz de superar adversidades, num movimento constante de crescimento pessoal e espiritual.