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Como falar da doutrina católica com os filhos adolescentes?

Alguns princípios precisam existir para que as pessoas cumpram sua vocação paterna e materna de educarem seus filhos na fé crista. O primeiro princípio (para aqueles que querem ser catequistas dos seus filhos) é ter um encontro pessoal com Deus, porque só se pode falar daquilo que se ama; e, para amar, é preciso conhecer. O mundo atual é permeado de muitas igrejas e ideologias diferentes, sendo assim, como podem ensinar se não estudam a doutrina católica? É preciso ter coração e mente abertos para fundamentar a fé individual, sanar as dúvidas dos filhos e iniciá-los no caminho da salvação.

O segundo princípio é fazer aquilo que prega, porque, em especial, os adolescentes se espelham em atos, e não em palavras. Muitos falam de virtudes a serem adquiridas, mas no fundo possuem uma falsa modéstia, um rigor excessivo nas leis divinas e aderem às falsas profecias. Como os filhos podem aderir a essa doutrina, se não enxergam coerência entre o falar e agir dos pais? É imprescindível preocupar-se com o que estão repassando para as futuras gerações.

Como falar da doutrina católica com os filhos adolescentes?

Foto ilustrativa: Larissa Carvalho/cancaonova.com

Filhos não vivem em uma bolha

Os pais devem ter respostas para as perguntas difíceis que os filhos são obrigados a responder diante de um mundo tão secularizado. Professores ateus, geralmente são bem preparados para refundar as verdades da fé; se os adolescentes também estiverem preparados na doutrina católica, eles terão argumentos para enfrentar esses mestres e seus discípulos.

Os adolescentes podem criticar quando os pais dizem que estão rezando por eles na Missa ou na oração do terço e, ainda, quando oram diante de uma dificuldade ou para alcançarem uma graça que necessitam. Entretanto, é necessário rezar com eles para que aprendam e criem o hábito de entregarem suas vidas a Deus. Um exemplo bonito é da família que reza antes das refeições, quando o adulto esquece, normalmente a criança o lembra. Essa criança será um adulto que não terá vergonha de professar a sua fé.

Não menospreze práticas simples, porque aprendemos que “o hábito faz o monge”. É preciso que o ambiente dentro de casa seja visto como um altar, como um espaço de honra, não só como lugar físico, e sim cheio de diálogos que propiciem aprofundamentos espirituais. Invista seu tempo lendo a Palavra com ele, porque são histórias que cativam e que podem ser oportunidades de evangelizar e introjetar verdades que farão diferença diante das seduções do mundo.

A primeira Igreja é a família

Incentive seu filho a praticar os ensinamentos de amar o próximo, de doar aos mais necessitados e de perdoar. O Papa nos ensina a sermos uma Igreja em saída, porém, a primeira Igreja é a família. Para sairmos precisamos, primeiro, praticar. O lar é um lugar por excelência para aprendermos. O Evangelho deve ser exercitado, primeiramente, entre os seus como uma semente plantada desde a infância que florescerá na adolescência diante de tantas incertezas.

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