vida eterna

Vivi uma experiência de purgatório

Eu amo praia! Além de achar tudo muito lindo, Deus fala muito comigo. Uma vez, eu fui para uma região litorânea, porém, achei que não teria a oportunidade de ir na minha tão amada praia, e não levei roupa para banho. Mas, na organização dos horários com meus amigos, conseguimos um tempinho para irmos. Chegando lá, a minha vontade de entrar naquele ‘marzão’ era imensa, no entanto, eu não estava com vestes adequadas, nem uma roupa que daria para entrar na água, mesmo que não fosse a vestimenta apropriada.

Então, só me restou observar. E nesse momento eu vivi a experiência de purgatório.

Eu estava lá, diante dela, contemplando a sua imensidão e beleza, mas não podia entrar porque não eu estava com as roupas adequadas, não estava preparada. E fiquei pensando: “Assim deve ser o purgatório. Nós vemos Deus, mas não podemos desfrutar do Seu amor imenso, não podemos adentrar na Sua glória”.

Saí dali com o coração apertado e decidida: eu preciso estar preparada para quando chegar a minha hora, para que eu possa adentrar na Glória do Senhor e não ter apenas que O contemplar e sofrer por não poder adentrar no mar do Seu amor.

Vivi uma experiência de purgatório

Foto ilustrativa: draganab by Getty images

Os meus passos me encaminham para o céu ou para o purgatório?

O meu desejo é de não querer ir para o purgatório, mas ir direto para o céu. Mas me questiono se a estrada da minha vida, pela qual tenho andado,  irá levar-me para o purgatório ou para o céu, porque eu sempre evito cometer os pecados graves. Mas e os pecados veniais? Será que tenho lutado contra eles o máximo que posso ou caio naquele falso pensamento de que depois eu me confesso e tudo vai ficar certo? Mas e se não der tempo de me confessar? Ah, daí eu conto com a misericórdia de Deus, que é infinita.

Sim, a misericórdia de Deus é infinita, mas Ele também é justo. Não estou querendo colocar limites na misericórdia do Senhor, mas como Ele é justo, provavelmente julgará se eu morri em pecado, na sem-vergonhice, ou se estava na luta contra as mínimas inclinações ao pecado.

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Invista tudo na sua luta contra o pecado!

Enfim, o que quero dizer é que se a minha meta é ir para o céu sem fazer conexão, eu preciso investir tudo na minha luta contra o pecado. Não posso ter a confissão como uma muleta, que sempre está ali para quando eu quiser, apenas no sentido de um antigripal, que aliviará os sintomas que me incomodam. Mas sim como um antibiótico que matará as bactérias que me impedem de crescer espiritualmente. A confissão precisa ser para mim o remédio que me dará forças para me levantar com o propósito de não cair mais, e não apenas um “soprinho” para aliviar a dor da queda.

Lembro-me também do pequeno Príncipe, quando este dizia que se ele não queria que as árvores de Baobá crescessem, precisaria tirá-las na raiz. Então, se não quero cometer pecados graves, preciso também arrancar todos os pecados veniais, pois são eles que abrem as portas para outros pecados.

E você? Como está vivendo essa luta contra o pecado? Se não tinha parado para pensar nisso, sempre é tempo! Vamos começar hoje?


Regiane Calixto

Regiane Calixto é natural de Caxambu (MG). É graduada em Ciência da Computação e pós-graduada em Gestão de Veículos de Comunicação. Encontrou na tecnologia e na comunicação um grande meio para levar às pessoas o Evangelho vivo e vivido. Instagram: @regianecn