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É hora de nos revermos!

Durante muito tempo, lutei contra Deus! Lutei, porque não tinha entregado totalmente a minha vida, a minha liberdade nas mãos d’Ele. Lutei, porque pensei que havia entregado, mas, na verdade, no concreto, eu ainda era dono da minha vida, da minha vontade, da minha liberdade.

 

Hora de nos rever

Foto Ilustrativa: Daniel Mafra

Quais os riscos de não nos revermos?

Todos corremos este risco: viver por um longo tempo nas bases dessa dura ilusão, que, cedo ou tarde, vai ruir. É tudo uma questão de tempo.
Muitas vezes, perguntamo-nos: “Eu estou na caminhada há muito tempo e ainda carrego tantas coisas do passado que não consegui vencer?” Muitas vezes, deparo-me vivendo essas situações de forma mais intensa do que antes, parece que elas ganharam forças ao longo desses anos, em vez de diminuírem e desaparecerem completamente. Estão aí, e parecem mais fortes do que nunca.

Agora eu lhe pergunto: Você já teve a coragem de parar e perguntar a Deus o porquê disso? Se Deus falou ao seu coração, você deu os passos que precisava? Será que a entrega da sua vida, a sua conversão, foi sincera a ponto de, auxiliado pela graça de Deus, querer romper por completo com essas situações? Ou será que você ficou dando ouvidos à voz da concupiscência que falava ao seu coração?

Este é um momento muito importante para a nossa caminhada de conversão. É um ponto onde todos nós, que realmente almejamos uma sincera e coerente mudança de vida, temos que parar um dia. Não há como fugir! Pergunte a si mesmo e encontre a resposta.

Se ela, diante deste questionamento, for negativa, isso pode ser um sinal de que a sua entrega ainda não foi total. Repito: se você percebe, em si mesmo, e fica dando ouvido à voz da concupiscência; se você vive em um mundo de fantasias, no comodismo do pecado, é um sinal de que a sua entrega ainda não foi total. O seu abandono, então, foi pela metade!

Por falar em abandono, eu entro, agora, em outro ponto muito importante para nós que queremos viver esta sincera e autêntica conversão.

Até aqui, tudo o que vimos é aquilo que, concretamente, temos que nos questionar e fazer para chegarmos a uma conversão sincera e coerente. É a nossa parte a ser feita. Agora, entra a parte de Deus, que se realiza à medida que você, já entregue sinceramente nas mãos d’Ele e abandonado por completo à Sua vontade, diz: “Senhor, eu não entendo, somente me abandono, pois quero, de todo o meu coração, que a tua vontade se realize plenamente em minha vida”.

Como podemos nos abandonar em Deus?

Abandonar-se em Deus é, antes de tudo, um passo de fé! É não saber para onde se está indo, mas somente confiar e seguir em frente. Ao logo da minha caminhada, tenho aprendido muito com os grandes exemplos dos homens e mulheres da Bíblia, desde Noé até Maria.

Para abandonar-se em Deus é preciso viver um constante desapego, não se prender a nada nem a ninguém. Ser livre! Deixar passar o que é passageiro! Está é uma condição indispensável para aquele que quer viver esta aventura de fé.

Para abandonar-se em Deus é preciso também vencer todos os medos, e os medos são como que amarras que nos impedem de sair do lugar, de viver a liberdade, de ser quem, de fato, somos. O medo ofusca a nossa verdadeira identidade.

Acreditar na Providência Divina, que rege todas as coisas, também é fundamental e indispensável para viver esse abandono, pois, quando acreditamos na Providência Divina e nela nos abandonamos, a nossa mente e o nosso coração se abrem para o mundo sobrenatural, abrimo-nos para uma novo entendimento das coisas, para uma nova lógica de tudo aquilo que acontece em nossa vida. Dessa forma, passamos a entender e a aceitar com mais clareza a vontade de Deus.

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João Paulo Medeiros
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