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O amor personalizado de Deus

Compreenda o amor personalizado de Deus

Amor é uma das palavras mais difíceis de conceituar em nosso mundo. A necessidade ou a conveniência foram gerando diversos significados para essa palavra; a meu ver, todos eles com certo teor de verdade, mas necessitados de contextualização. Minha intenção, no momento, não é trabalhar os contextos do amor, mas as diferentes faces do amor de Deus.

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Foto: SolStock by Getty Images

Deus nos ama com toda a sua capacidade infinita de amar, não sabe amar menos, toma a iniciativa sempre. No entanto, a vida humana se desenvolve num complexo ambiente, com fases diferenciadas e momentos próprios, por isso a nossa necessidade de amor é alterada também.

Uma criança, por exemplo, não pode ser amada com um amor de homem-mulher, isso não atende a sua necessidade e ainda poderia provocar deficiências em seu amadurecimento interior, e Deus sabe disso. O Senhor ama a todos igualmente, mas não com um amor genérico, por isso descompromissado com nossa identidade. Seu amor vai se configurando a nossa necessidade, quase que podemos dizer que, por amar pessoalmente cada um, Deus ama de forma diferente, em estilo, e igual em intensidade. Amor pessoal, único em sua expressão. A cada momento, somos amados da forma adequada e diferenciada.

Exatamente por sermos reflexos do amor de Deus, nós também não amamos a todos do mesmo jeito. Se assim o fizéssemos, seríamos injustos, porque o amor de verdade deve tocar a individualidade de cada um, amar do jeito certo. E como o amor é criativo, encontra a forma individual e única de ser fecundo em cada pessoa. Não adianta pensar que amaremos todos de forma igual, isso não é possível. Sabendo disso, evitaremos o risco de nos sentirmos pouco amados, simplesmente por sermos amados de forma diferente que os outros.

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Para compreender o amor divino, podemos observar as imagens dele existentes no amor humano, um exemplo fácil é o de uma mãe, que, com a mesma intensidade de amor, ela ama de uma forma seus pais, de outra o seu esposo, de outra os seus filhos e de outra os seus amigos. Será que o que muda é a intensidade do amor? Não, o que muda é o estilo dele, suas características, e não sua profundidade.

O amor, na forma e na dose certa, é como um medicamento, um fortificante ou uma vitamina, não é ele quem leva ao desenvolvimento, mas é ele que garante que o processo da vida não sofrerá atrofias ou danos permanentes. Nossa identidade surge a partir do estilo de amor que recebemos. Descobrimos-nos filhos a partir do amor de pai e mãe; descobrimo-nos irmãos a partir do amor de nossos irmãos. É o amor que abre nossos olhos a nossa própria identidade, é ele quem dá a sobriedade de vida e nos faz amar e gostar de nós mesmos, desejando sempre ser melhor.

Deus o abençoe e o faça crescer sempre em seu amor.