Nossa história

Os relacionamentos são responsáveis pela construção da pessoa humana

A busca por uma autêntica vida de oração, possibilita concretamente nossa construção

O crescimento, na condição humana, dá-se não tanto pela ausência de fraqueza, mas pelo fato de sabermos lidar com ela [fraqueza] nos relacionamentos. Estamos em constante construção quando temos humildade para nos compreender e nos aceitar em nosso real.

Foto ilustrativa: KatarzynaBialasiewicz by Getty Images

Ser construído pela vida

Ser humilde consiste em aceitar “deixar-se fazer”, significa acolher, pacientemente, o processo em que nos encontramos, permitindo-nos ser construídos pela vida, por Deus e pelas experiências que vão caminhando no solo de nossa história.

Quem se desprende do orgulho e vive constantemente como um “aprendiz”,  consegue crescer e ser construído por meio de tudo o que lhe acontece.

Quem permite-se ser fraco, acolhendo com ternura tal condição propriamente humana, colecionará inúmeros ensinamentos acrescentados a si, pela experiência da queda. Aqueles que fazem a experiência do erro, conseguem compreender com profundidade o sabor do acerto, conseguindo valorizá-lo devidamente.

Em nosso caminho de crescimento se, de fato, o buscamos, a experiência de nossa fraqueza se estabelece como uma realidade que nos forma, libertando-nos da pretensão de querer ser o que não somos.

Nossos relacionamentos também são responsáveis por nossa construção: nosso relacionamento familiar, com os amigos e com aqueles que nos acompanham em nosso cotidiano nos constroem e nos moldam profundamente.

Nosso relacionar-se desvela o que somos, revelando-nos em que precisamos mudar; ele nos faz romper com a alienação do egoísmo, que nos faz acreditar que somente nós estamos certos em nosso jeito de compreender a vida.

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Superação e virtude

Quando abrimo-nos ao outro conseguimos encontrar superação e virtude, aprendendo com outras maneiras de enxergar a existência. As virtudes e os defeitos daqueles que convivem conosco, também, nos constroem, retirando de nós os excessos e nos acrescentando no que somos carentes.

Nesse “processo de se deixar fazer” as dores e perdas também nos auxiliam, acrescentando-nos têmpera para enfrentarmos os desafios, e paciência para acolher nosso processo de crescimento no ponto em que nos encontramos. Nossas iniciativas também são condições essenciais para que, nosso ser seja bem construído.

Bons livros, o cultivo de boas e puras amizades, de um bom relacionamento familiar, a busca por uma autêntica vida de oração, tudo isso possibilita concretamente nossa construção e crescimento.

Deixemo-nos fazer, trabalhemos por nossa construção, entreguemo-nos à dinâmica do “processo’, do humanizar-se, assim, a vida se tornará mais bela.

“Quando o coração vagueia na noite
da poesia inabitada,
o lugar que o completa é saudade,
realidade que ainda não chegou.

É preciso saber esperar,
deixar-se completar,
assim, tudo nos faz,
e até a dor nos constrói.

O processo nos humaniza.
A saudade nos desperta.
A vida nos constrói.
Se compreende-se …
Tudo é presença, tudo acrescenta
sem abstração.”

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