Eis que estou convosco!

“Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20). Não é mágica, nem ilusão, mas é a presença viva de alguém conosco, que precisamos conhecer, amar e imitar ao ponto de, com nosso testemunho de santidade, sermos capazes de construir a história dentro do desígnio de Deus.

Eis que estou convosco! É isto que deve mover as nossas vidas e inspirar o nosso caminho. Como São Paulo, que na sua conversão encontra-se com Jesus res-suscitado, e daí para a frente não faz outra coisa a não ser testemu-nhar exclamando: “Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é sem fundamento, e sem fundamento também é a vossa fé” (1 Cor 15,14). Ele caminha fascinado por Jesus depois de o ter encontrado no caminho de Damasco. Somos cha-mados a agir como São Paulo, trans-missores da Boa Notícia: Ele está no meio de nós!

Não me esqueço do que ouvi do Pe. Jonas nos primeiros dias deste ano: “Todos os meios que temos são para levar as pessoas ao seu encontro pessoal com Jesus. Este ano, inclusive, temos que apurar se as pessoas que vivem na comunidade tiveram a sua experiência pessoal com Jesus. Pode ser que muitos foram para os grupos de oração, aprenderam a orar em línguas, assumiram lideranças, mas não viveram o essencial: o seu encontro pessoal com Jesus. Às vezes ficamos cobrando das pessoas santidade, ou que elas vivam o seu “ser de consagrados”, sem percebermos que para elas faltou a sua experiência pessoal com Jesus ressuscitado..”.

Nós que tivemos a experiência do nosso encontro pessoal com Jesus, sentimos necessidade de levar aos outros esta mesma graça. Tudo acontece através da ação poderosa do Espírito Santo, pois a Jesus só se chega verdadeiramente pelo caminho da Fé, e a Fé é um dom de Deus. Lembremos de Tomé que só acreditou depois de ter constatado o prodígio com seus pró-prios olhos como ele queria: ver e tocar o Senhor. No momento em que isto acontece, ele confessa: “Meu Senhor e meu Deus! Mas Jesus lhe diz: Creste porque me viste? Felizes os que, sem terem visto, creram” (Jo 20,28).

Levei muito a sério estas palavras do Pe. Jonas, em primeiro lugar para mim. Eu preciso primar para conhecer, amar, e servir Jesus. Preciso ser incansável para levar as pessoas ao seu encontro pessoal com Jesus, pois disto depende a salvação e a felicidade de cada uma. Para isto, a minha meta é a santidade, permeada pela vida de ora-ção. Como nos lembra o Santo Padre: “Nós, que temos a graça de acreditar em Cristo, revelador do Pai e salvador do mundo, temos obrigação de mostrar a profundidade a que pode levar o relaciona-mento com ele”.

Não poderá faltar em minha vida o amor a Eucaristia, especialmen-te a dominical; a escuta da Palavra de Deus e o ardor de Evangelizar concretamente, no anúncio da Pa-lavra, consciente de que “sem Cristo nada posso fazer” para me tornar testemunha do Seu amor. Com a Igreja e como a Igreja eu quero cantar: “Como é doce a re-cordação de Jesus, fonte de verdadeira alegria do coração”, pois Ele “é o mesmo ontem, hoje e sempre!” É para isto que vivo! É assim que quero viver!