A liberdade...

1. Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral.
2. Condição do ser que não vive em cativeiro.
3. Condição de pessoa não sujeita a escravidão ou servidão.

Esta pequena definição do dicionário sobre liberdade, já nos diz muitas coisas, e uma delas é que somos livres e isentos de restrições externas, pois “a mim tudo me é permitido, mas nem tudo me convém. A mim tudo me é permitido, mas não me deixarei dominar por coisa alguma.” (1 Cor 6,12).

Não vivemos em cativeiro, e nem somos sujeitos a escravidão, pois Jesus morreu na cruz para nos salvar e libertar de tudo aquilo que nos prendia, ou seja nossos pecados. ‘é para a liberdade que Cristo nos libertou‘ (Gl 5, 1). ‘Sim, irmãos, fostes chamados para a liberdade. Porém, não façais da liberdade um pretexto para servirdes à carne. Pelo contrário, fazei-vos escravos uns dos outros, pelo amor. Pois toda a lei se resume neste único mandamento: Amarás teu próximo com a ti mesmo’ (Gl 5, 13-14).

São Paulo nos diz isso, pois infelizmente o mundo tem confundido liberdade com libertinagem, e libertinagem é devassidão, é tudo aquilo que é devasso, que é mundano, pecaminoso. Devemos lutar contra a devassidão (pecado) e buscarmos a santidade, e buscar a santidade, com certeza, é ao mesmo tempo buscar a liberdade, pois todo aquele que comete o pecado se torna escravo do pecado (Jo 8, 34). Quanto mais lutarmos pela santidade, mais livres seremos, pois estaremos cada vez mais nos aproximando e estando em comunhão com o autor da liberdade, Deus.

A liberdade é algo muito profundo, e Deus foi muito ousado quando nos deu, pois somos livres até para escolher se queremos ser salvos ou não. Deus nos dá livre escolha ‘Eis que ponho diante de vós benção e maldição‘ (Dt 11, 26). É tudo uma questão de escolha, e nós que estamos buscando a santidade, devemos optar pelo bem, pelo o que é bom, e sabemos que só Deus é bom, por isso nossa escolha deve ser sempre por Deus, mesmo diante de nossa natureza pecadora, pois Deus vê nossas lutas, nossos esforços para sermos melhores.

Quando São Paulo nos diz que tudo me é permitido, mas nem tudo me convém, ele quis dizer que tudo posso fazer, tudo consigo realizar, até pecarmos, pois nossa liberdade nos permite isso, mas não convém que pequemos, pois estaremos saindo da liberdade e retornado a escravidão.

Somos livres para fazermos o que quisermos, menos pecar, em outras palavras, se sou livre, sou somente para fazer a vontade de Deus, e a vontade de Deus é que sejamos santos. ‘Antes como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos, também vós, em todo o vosso proceder‘ (1 Pd 1, 15). Concluindo: Por mais que somos livres para tudo, nossa liberdade deve nos conduzir a salvação, já que seremos julgados por cada ato, diante desta liberdade que nos foi dada.