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Reprodução em laboratório

É possível engravidar sem fazer sexo?

Descubra por que a fertilização in vitro não é um método moralmente aceito pela Igreja

A chamada fertilização in vitro e uso dos contraceptivos têm crescido em meio às “famílias modernas”. Com isso, cresce a “onda” do que podemos chamar: filhos sem sexo e sexo sem filhos. Não se trata de combinação de palavras, mas de uma realidade nos tempos modernos. As mulheres que decidem ter filhos, já não querem mais os ter de forma natural, isto é, por meio da relação sexual. Usam métodos artificiais para realizar tal fim. Por outro lado, as mulheres que vivem sua sexualidade ativa dentro do matrimônio, em contrapartida, não querem engravidar. As mesmas estão completamente fechadas à vida. E para evitar a gravidez fazem uso dos anticoncepcionais.

O primeiro e grande problema – moralmente falando – no ambiente familiar nos últimos tempos, tem sido a fertilização in vitro. Esse método teve início em 1978 quando mundialmente ficou conhecido o que se chamou o primeiro “bebê de proveta” no Reino Unido.

Foto: posteriori by Getty Images

Em que consiste este método?

A fertilização in vitro, também conhecida com a sigla (FIV), é uma técnica de reprodução medicamente assistida e realizada totalmente em laboratório. A mesma consiste em fecundar o óvulo pelo espermatozóide em ambiente laboratorial (in vitro). Esta técnica possibilita a retirada do óvulo através de uma punção por via transvaginal. Assim sendo, o óvulo é fecundado pelo espermatozóide fora do corpo da mulher. Após alguns dias, e feito a seleção dos embriões, um deles é implantado no útero da mãe.

Quem de nós já não ficou aterrorizado ao ouvir falar sobre os campos de concentração nazista? Você já parou para pensar que através da fertilização in vitro, milhares de pessoas humanas são arbitrariamente manipuladas e selecionadas para morrer? Isso mesmo: manipuladas e selecionadas para a morte. Pois em uma fertilização in vitro, vários óvulos são fecundados, no entanto, somente um é implantado no útero. Todos os demais são descartados.

O que a Igreja ensina

Outro problema moral da técnica de fertilização in vitro é a dissociação da procriação do ato conjugal. A Igreja não cessa de ensinar que “é eticamente inaceitável […] a dissociação da procriação do contexto integralmente pessoal do ato conjugal, pois a procriação humana é um ato pessoal do casal homem-mulher, que não admite nenhuma forma de delegação substitutiva. A aceitação pacífica da altíssima taxa abortiva das técnicas de fecundação in vitro demonstra eloquentemente que a substituição do ato conjugal por um procedimento técnico além de não ser conforme ao respeito devido à procriação, que não se reduz à simples dimensão reprodutiva contribui para enfraquecer a consciência do respeito devido a cada ser humano. O reconhecimento de tal respeito é favorecido pela intimidade dos esposos, animada pelo amor conjugal”. (Instrução Donum Vitae, n 1).

A partir deste ensinamento da Santa Mãe Igreja compreendemos que não podemos admitir nem a fertilização in vitro como também o sexo dentro do matrimônio que não esteja aberto à vida. A sexualidade não pode ser vivida como mero prazer.

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O Magistério da Igreja não hesita em afirmar as duas dimensões do matrimônio cristão: unitivo e procriativo. A mesma diz que “o ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e a sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade. Nós pensamos que os homens do nosso tempo estão particularmente em condições de apreender o caráter profundamente razoável e humano deste princípio fundamental”. (Humanae Vitae, n 9).

Isso implica em dizer que todo e qualquer método onde estes dois aspectos, unitivo e procriativo, são excluídos do ato conjugal não é moralmente aceito pela Igreja. Portanto, se os casais quiserem ser verdadeiros católicos que andam em conformidade com a vontade de Deus, é necessário excluir do ambiente familiar todo e qualquer método que fira o princípio da conjugalidade. Entre eles, a fertilização in vitro e os anticoncepcionais.

Assim sendo, para o casal cristão, não existe outro meio para ter filho se não o natural, isto é, por meio da relação sexual vivida dentro do sacramento do matrimônio.


Sheila Cristiane dos Santos Daltro

Sheila Cristiane dos Santos Daltro é Brasileira, nasceu no dia 05/04/1985, em Cunha, SP. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2005 no modo de compromisso do Núcleo.

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