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Aborto: o ventre da mãe é um ambiente sagrado

Não percebe o dia triste que hoje nasceu? Só nasceu, porque o homem não resolveu o matar como fizera ontem com a vida de mais uma criança. Será que veremos, no dia de hoje, movimentos de minoria vociferarem: “vidas de crianças no ventre de suas mães importam”?

O ventre materno, aliás, é um ambiente sagrado. Nele, a vida é gestada, um novo ser humano se desenvolve, cresce e torna-se apto a nascer. Os ventres maternais, portanto, foram criados pelo próprio Deus como santuário de uma nova vida. Lamentavelmente, eles têm sido transformados em sepulcros pelo próprio homem. Crianças têm sido sepultadas ali.

Aborto o ventre da mãe é um ambiente sagrado

Foto Ilustrativa: cosmin4000

Vida de crianças no ventre da mãe

Mais um passo terrivelmente abominável fora dado ontem. Um marco hediondo fora ultrapassado. Por isso, o dia de hoje deveria ser de pranto. Um dia de oração, mortificação e de reparação. As bandeiras de todo o país deveriam estar a meio mastro em sinal de luto por mais uma brasileira morta no útero materno. Uma injeção de letal de cloreto de potássio diretamente em seu coração, e a vida foi estancada.

Num primeiro momento, não deveríamos nos revoltar contra a mãe da criança morta ou contra a família que permitiu que tudo isso acontecesse, nem mesmo contra o juiz que apenas seguiu a maldita e iníqua lei, ou contra os políticos que a conceberam (…) Não! Em primeiro lugar, deveríamos nos revoltar contra nós mesmos. Somos todos, infelizmente, coparticipantes desse mal. É muito penoso afirmar tal coisa, mas o sangue dessa criança não sujou apenas as mãos dos médicos, juízes ou sei lá mais quem; sujou a minha e a sua mão.

Esqueceram o Deus que os gerou

Já que nós não temos a coragem suficiente para nos manifestarmos, a Divina Providência, por meio de sua sagrada liturgia, tem. A propósito, sempre teve! Um dia após esse assassinato, a Mãe Igreja grita alto, grita forte por meio do Salmo de hoje. Eis o refrão: “Esqueceram o Deus que os gerou”. De fato, meus irmãos, todas essas pessoas que promoveram e promovem a morte “esqueceram o Deus que os gerou”. Se nós não temos coragem de gritar, a Liturgia grita por nós.

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O Salmo ainda continua: “da Rocha que te deu à luz te esqueceste, do Deus que te gerou não te lembraste. Vendo isso, o Senhor os desprezou, aborrecido com seus filhos e suas filhas”. Será que passou pela lembrança daqueles que cometeram esse assassinato que, um dia, eles também foram gerados? Certamente que não, todos eles “esqueceram o Deus que os gerou”. Colocaram Deus de lado, fecharam os olhos para as leis de Deus. E nós, cristãos, onde estávamos enquanto tudo isso acontecia?

Vidas importam

Como se não bastasse o Salmo, Deus continua a gritar por meio do Evangelho deste dia: “Naquele tempo, alguém aproximou-se de Jesus e disse: ‘Mestre, que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?’ […] Jesus respondeu: “Não matarás […]”. Depois dessa, confesso que não tenho mais o que escrever.

Apenas para concluir, gostaria de destacar que a vida extirpada no dia de ontem não vale mais que todas as outras que são eliminadas todos os dias, afinal, “vidas, todas elas importam!”. Quisera fosse tudo isso apenas um terrível pesadelo.