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Os tentáculos do anticristo e sua religião

“Tudo está falindo! O anticristo vai surgir mostrando que ele pode solucionar os problemas deste mundo. Resolverá a questão da alimentação, depois a questão sanitária, depois a educação, etc., no entanto, em cada situação dessas citadas anteriormente, em que o anticristo se propor a resolver, ele pegará para si o controle. Ele assumirá o controle da mídia para si, para dizer o que ele deseja dizer e para impor a sua religião. Esse será um império terrível. Terá uma aparência de grande prosperidade e muita gente será enganada. Mas é só uma prosperidade inicial e aparente, até que o mal se manifeste como realmente é. Quanto aos cristãos, esses serão trucidados e haverá mártires em abundância.”

Coisas como essas foram ditas na pregação “Candidatos do Quinto Reino” proferida por Monsenhor Jonas Abib em março de 2004. É algo impressionante, tanto a maneira como o monsenhor trata sobre o fim dos tempos como as próprias coisas que ele narra e que vemos acontecer atualmente.

Enquanto Deus levou alguns homens a profetizarem sobre o fim dos tempos, como foi com monsenhor Jonas Abib, com outras pessoas, o mesmo Deus as levou a uma vida de estudo minucioso a respeito da articulação do mal neste mundo. Temos um exemplo, no livro Poder Global e Religião Universal, escrito por Monsenhor Juan Claudio Sanahuja, em que é apresentada uma séria denúncia a respeito da trama orquestrada para se alcançar a Nova Ordem Mundial. Este livro é resultado, segundo o que o próprio autor mencionou, de aulas, conferências e cursos que o mesmo ministrou mundo afora. Nos próximos parágrafos, irei me deter em relatar algumas coisas a respeito do livro já citado.

Os tentáculos do anticristo e sua religião

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Como o anticristo tem trabalhado

Logo no primeiro capítulo, chama particular atenção o fato de o autor deixar clara a relação que existe entre o projeto de poder global e as grandes conferências internacionais dos anos 90, conferências essas organizadas pelas Nações Unidas. No rodapé da página, em que o autor cita esta relação, existe uma longa lista de conferências internacionais, desde ECO 92, que aconteceu no Rio de Janeiro, até a Conferência contra o Racismo, a Discriminação e a Xenofobia, que aconteceu em Durban (cidade da África do Sul). Ao longo dos capítulos, é demonstrada a maneira através da qual as conferências tornaram-se instrumentos para a criação de determinadas medidas internacionais, as quais os países
deveriam seguir como se fossem suas próprias leis, desprezando qualquer soberania nacional, sujeitando-se às medidas criadas fora de seu território e sem consulta prévia de sua população.

Para o autor do livro, é evidente que a intenção por detrás de coisas deste tipo não é outra senão a instauração de, pouco a pouco, uma nova religião universal, que se arroga poder oferecer toda e qualquer resposta para a humanidade, que pretende sanar toda categoria de problema, seja econômico, cultural ou religioso. Um verdadeiro império no qual todos vivem felizes para sempre num paraíso terrestre em meio às novas tecnologias e facilidades oriundas do mundo pós-moderno. Com um detalhe, todos são peças, e não pessoas, que trabalham tecnicamente para uma sociedade que, por abandonar a tradição cristã e por estar entregue às suas paixões mais animalescas, é incapaz de perceber-se manipulada. Uma sociedade com leis injustas porque não seguem o direito natural. Por fim, uma sociedade em que a ciência usurpou o lugar de Deus e que não há espaço para outra religião senão àquela criada por certas personalidades iluminadas. Essa é a instauração da nova religião, na qual não há imaterialidade, mas tão-somente a relação do sujeito — que não é considerado como um ser humano —, com tudo o que é material e possa lhe dar certo prazer. A mais podre e falsa religião já inventada.

O próprio Mons. Sanahuja comenta que o desejo de unificar poder civil com poder religioso na tentativa de ter um controle absoluto sobre as pessoas não é uma novidade na história humana. Tivemos, ao longo da história, outras tentativas, como no Império Romano, quando o próprio Imperador se proclamou deus. E também no Comunismo, que embora manifestamente se contrapõe a qualquer religiosidade, na tentativa de eliminá-la, erige-se como a única possível.

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A Nova Ordem Mundial

Este livro que mencionei acima é um pontapé inicial para quem está começando a desbravar sobre o assunto da Nova Ordem Mundial. Em outros artigos, voltarei a citá-lo. Contudo, o que fica evidente para quem o lê, é o quão arraigado está o plano de poder global em organizações como ONU, OMS, Unesco e outras financiadas por terceiros. Costumeiramente, algumas pessoas que trabalham nessas organizações, vestem uma túnica sacerdotal e uma toga de juiz, e podemos correr o risco de, ao olhar para elas ou ouvir o nome de organizações como essas mencionadas, acreditar que estamos de frente com o salvador da humanidade. E chegamos até a esquecer as palavras do Senhor: “Cuidado com os falsos profetas: eles vêm até vós vestidos de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. Pelos seus frutos os conhecereis” (cf. Mt 7, 15–16).

Chegará o tempo em que qualquer pessoa que se colocar contrária ao plano globalista imposto por essas organizações pagará um preço caríssimo. Os cristãos serão certamente perseguidos a ponto de terem que voltar a celebrar em catacumbas. Entretanto, não somos candidatos a um reino estabelecido por mãos humanas. Somos chamados ao Reino dos Céus. Se for preciso, seremos como os mártires jogados aos leões em pleno Coliseu ou seremos como os Templários que lutaram pela Igreja e por amor a Deus na Terra Santa em vista de um tesouro que não perece. Que o Senhor nos dê a graça de perseverar em Sua santa vontade e para que, diante da grande tribulação, não venhamos a negá-Lo, mas sim derramar o nosso sangue por amor ao Cordeiro que, por nós, foi imolado.

Assista ao vídeo!

Jonathan Ferreira
Missionário da Comunidade Canção Nova