Seus olhos têm uma maneira única de ver o mundo. Muito mais do que físico, as suas mãos trazem um contato especial àqueles que são tocados. Seus gestos podem comunicar mais do que palavras. E seus sorrisos… Ah, seus sorrisos! Eles transmitem a paz de um verdadeiro coração puro.
Essas características não os tornam menos do que nós. É isso que o Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado no dia 21 de março, traz de reflexão. A data busca a conscientização da sociedade para a importância de oportunidades e a criação de ferramentas para auxiliarem essas pessoas a alcançarem todo seu potencial e desfrutarem de uma vida em plenitude.
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Apesar de poderem apresentar características parecidas entre si, as crianças, jovens e adultos com Síndrome de Down são únicas e contêm personalidades e características diferentes, fazendo de cada uma delas um universo de possibilidades e experiência como todos nós.
Para Mara Martins Silva, professora e coordenadora em uma instituição, a APAE, que convive com essa realidade há 28 anos, o importante é viver a diversidade e acreditar no potencial do outro.
Segundo a organização brasileira Movimento Down, é sempre importante esclarecer que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down. Não há nada que eles poderiam ter feito de diferente para a evitar; não é culpa de ninguém. Além disso, a Síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais devem estar atentos desde o nascimento da criança.
As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. Por isso, é tão importante a criação de oportunidades e políticas públicas para que cada uma delas possa alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais.
Eles são capazes de sentir, amar, aprender, divertir-se e trabalhar; podem e devem ocupar um lugar próprio e digno na sociedade.
O que é a Síndrome de Down?
A Síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células da pessoa. Essa alteração ocorre na hora da concepção da criança. Assim, as pessoas com síndrome de Down têm 47 cromossomos em suas células, em vez de 46, como a maior parte da população.
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João Paulo dos Santos, jornalista
