Setembro amarelo

Como manter equilibrada a saúde física e mental?

Saúde física ou mental: qual é a mais importante?

A resposta você já deve saber: não existe a mais importante porque as duas precisam caminhar juntas e em harmonia. O ambiente que estamos inseridos, muitas vezes, será reflexo do nosso mundo interior. E não só do aspecto espacial como também do relacionamento e, principalmente, o aspecto do nosso corpo. É fato que todos vamos envelhecer, porém, existe uma diferença entre envelhecer de forma saudável e envelhecer de forma doentia.

Por isso, eu lhe faço a seguinte pergunta: Você tem gostado da imagem que tem refletido no espelho?

Créditos: by Getty Images / LightFieldStudios/cancaonova.com

A saúde física e mental precisam caminhar juntas e em harmonia

A aparência desse corpo influencia diretamente em nossa vida, pois nossa vida afetiva, profissional e até espiritual são percebidas em nossas expressões corporais. Uma pessoa encurvada, descuidada e de fisionomia triste demonstra a todos que estão a sua volta que nela se encontra uma pessoa interiormente doente. E esse comportamento acaba por afastar as pessoas e até dificultar o campo profissional. Por mais que se possa correr o risco de rotular uma pessoa e “perder” a grande graça de fazer uma boa experiência com ela, devido ao pré-conceito estabelecido por sua imagem, o que importa não é o que o outro pensa sobre mim e sim o que eu penso e como me vejo. No entanto, é inevitável dizer que refletimos nosso mundo interior em nossos comportamentos e na forma de nos apresentarmos.

Trago aqui um conceito de imagem corporal: “Uma experiência psicológica multifacetada, que, na verdade, não se refere exclusivamente à aparência do corpo, tampouco pode ser considerada produto exclusivo da atividade intrapsíquica” (Stenzel, Lucia).  Nesse sentido, fica bem claro que a imagem corporal é exatamente – mas não exclusivamente – um reflexo das minhas emoções, cognições e experiências comportamentais.

Não basta apenas desejar

Costumo dizer que todo obeso deseja emagrecer, mas que apenas desejar não basta. É preciso uma mudança interna para que o externo reflita essa decisão. Assim como alguns depressivos desejam também sair desse quadro patológico, mas não conseguem. Mais uma vez, é preciso trabalhar essa mudança interior.

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No entanto, é um trabalho a longo prazo e eterno. Para aqueles que já passaram pela depressão, é certo que terão de viver a vigilância para não permitir que a doença se aproxime novamente. Assim como o obeso que emagreceu e não apenas ele, mas todos aqueles que desejam ter um corpo saudável e uma imagem que lhe agrade os olhos, precisará saber o que come, quando come e o porquê de comer (fome física e fome emocional). Como fazer atividade física também será uma escolha definitiva. Não se trata de um culto à magreza ou uma rejeição à obesidade, e sim uma busca equilibrada entre corpo e mente. Reconhecer quem eu sou e ter autoconhecimento faz-me aceitar o que vejo e projetar o que desejo de forma real.
Se iniciar a mudança interior está mais difícil, proponha-se a pequenas e constantes mudanças externas. Como um corte de cabelo, uma nova forma de alimentar-se, iniciar uma atividade física, dar uma repaginada no guarda-roupas dentre outras coisas. Porém, saiba que o próximo passo será a mudança interior e que não há como fugir dela!

Algumas dicas importantes

Se você acha que a mudança interna será o seu começo, indico-lhe começar a olhar para você como você é. Para as mulheres, o livro do padre Adriano Zandoná – “A cura da alma feminina” – tem ajudado muitas mulheres a iniciarem esse processo de descoberta. No entanto, cuidado com as crises, pois, uma vez que se dispõe a mergulhar em você mesma, pode ser que não goste do que encontre e se perca! Nesse caso, a terapia é a melhor saída, porque será um profissional que lhe auxiliará a sair desse lugar em que você se encontra. Mas, assim como o anterior, não adiantará fugir do exterior. É necessário fazer a escolha da mudança externa e mudar a sua vida. Escolha por você, pelo que você percebe ser verdadeiramente, e não aquilo que você acha ser ou aquilo que outros dizem de você.

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