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Como evitar que a ansiedade e o estresse gerem doenças físicas?

Conhecemos bem o estresse e a ansiedade, doenças psíquicas que têm aumentado sua incidência de forma vertiginosa. O ser humano tem virado refém de tais doenças por não saber lidar com as suas questões, como inseguranças, incertezas, cobranças, perfeccionismos, frustrações e tantas outras coisas.

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Foto ilustrativa: Daniel Mafra/cancaonova.com

Confira algumas dicas para identificar a ansiedade

Vamos, então, abordar alguns pontos que podem evitar o desenvolvimento patológico da ansiedade e do estresse, compreendendo, a grosso modo, que ansiedade todos nós a temos, mas vira doença quando aumentada. Então, o que você acredita ser um auxílio para evitar tais doenças?

1) Saber identificar quando estou em uma crise de ansiedade

Isso engloba fortes pensamentos e reações físicas como dor de barriga, taquicardia, respiração ofegante, falta de ar, dormência, sensação de descontrole dentre outras reações. É importante saber quando se está em crise, para poder perceber que você não é a ansiedade 24 horas, mas que está ansioso e que todas essas reações vão passar em alguns minutos.

2) Observar quais situações geram ansiedade

A essa situação damos o nome de gatilho. O que tem disparado o gatilho da ansiedade? Um lugar, uma situação específica, o tom de voz, um olhar, uma determinada fala?

3) Que tipo de pensamentos invadem sua mente quando é ativado esse gatilho?

Normalmente, são pensamentos catastróficos (alguma coisa muito ruim vai acontecer, uma catástrofe!); leitura de pensamento (sei o que as outras pessoas estão pensando ou acredito que elas sabem o que estou pensando); pensamento “e se” (fico o tempo todo pensando “e se isso acontecer?”. E, raramente, fico satisfeito com a resposta que dou). Pensamento “deveria” (interpreto os acontecimentos em termos de como as coisas deveriam ser e do que eu deveria fazer em vez de como as coisas são e do que posso fazer agora ou no futuro. Pensamentos generalistas (generaliza a vida a partir de um fato ou uma situação). É claro que podem surgir outras formas de pensamentos, mas citei os mais comuns para os ansiosos.

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4) Depois de identificar o que ativa sua ansiedade e os pensamentos que o assaltam

É preciso questioná-los, pois eles podem não ser uma verdade absoluta. É preciso questionar e buscar a resposta real para cada situação. Por exemplo: uma pessoa vai viajar e fica ansiosa, pois isso gera um pensamento catastrófico (“vou sofrer um acidente e vou morrer”). Como questionar esse pensamento, que me parece ser tão real?

Primeiro: você já sofreu acidente de carro? Se sim, você morreu? (“claro que não! Afinal, você está pensando em tudo isso agora e está bem vivinho!”). A pessoa que está dirigindo tem experiência? Ela já se envolveu em algum acidente? Qual a probabilidade de se envolver em algum acidente? São muitos os questionamentos. Pode parecer cansativo, neste momento, mas eles são capazes de lhe mostrar que não existem motivos reais para estar sofrendo dessa maneira e com essa intensidade.

É sempre importante ressaltar que o que gera as doenças psíquicas são as formas distorcidas de pensar. Por isso, é preciso verificar até onde os pensamentos estão funcionais ou disfuncionais. Caso já esteja com sintomas de ansiedade aumentado e pensamentos disfuncionais que o dominam, será necessário procurar um psicólogo, para que ele o ajude a fazer um melhor caminho de equilíbrio interior. Olhe para você, agora, e avalie até onde você dá conta de caminhar sozinho e controlar os seus pensamentos ou até onde eles, os pensamentos, o dominam.