Meu primeiro mestre

A formação de um homem começou quando este, ainda menino, se colocava atento como um discípulo-mirim, aos movimentos e expressões faciais do seu mestre que sempre tinha uma solução para todas as coisas. Consertava relógios, carros, fazia instalações elétricas, construía até casas! Sem conhecer de música, ingressou na banda do exército para garantir melhores condições de vida para aqueles que Deus lhe havia confiado. Tentando concluir o curso ginasial noturno, aprendia a ler as partituras por conta própria; e mesmo sem instrumento musical estudava e treinava apenas com o bocal de uma tuba.

O que seria impossível para ele realizar, se entendia de tudo? Esse era o pensamento do menino…

Certamente, devido à urgência das necessidades o obrigasse, por muitas vezes, a dar passos maiores do que aqueles que o menino pudera acompanhar. Exigia-se do menino um raciocínio sempre projetado à próxima ação lógica… Entretanto, o pequeno discípulo não poderia perder os ensinamentos, pois o tempo não permitiria “aulas de reforço”, mas não o dispensaria das “sabatinas da vida”.

O menino cresceu, tornou-se adolescente e hoje, de discípulo passou a ser mestre.
Relembrando todos os momentos vividos, pode-se registrar em quantidades múltiplas as qualidades de seu mestre se comparadas aos erros. Tal como a água que escorre por um fio de lã, escorria-lhe a honradez.

Mesmo não conhecendo literalmente as promessas de Deus, seus exemplos refletem os mesmos conselhos que tem ressoado por mais de 2000 anos:

“Meu filho, não te esqueças de meu ensinamento e guarda meus preceitos em teu coração porque, com longos dias e anos de vida, assegurar-te-ão eles a felicidade.” (Prov. 3,1)

Ações semelhantes, certamente, são repetidas em muitos outros lares, onde pais que assumiram verdadeiramente o peso e a responsabilidade do seu báculo, conduzem sua igreja particular na simplicidade de quem traz nas mãos os calos e no olhar o vislumbre da verdade que ainda não chegamos a entender.

Feliz Dia dos Pais!

Deus abençoe a todos.