Tabagismo

Vale a pena começar ou continuar fumando?

Você sabia que o cigarro contém mais de 4.700 substâncias cancerígenas e tóxicas para vários órgãos do corpo?

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde uma doença, pois a nicotina que o cigarro contém causa dependência e provoca alterações físicas, emocionais e comportamentais na pessoa que fuma. Assim, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças, o tabagismo é catalogado como “uma desordem mental e de comportamento, decorrente da síndrome de abstinência à nicotina” (CID10 F17.2).

Para conscientizar a população sobre esta doença e alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo, foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1987, que o dia 31 de maio seria “O Dia Mundial Sem Tabaco”.

Foto: Daniel Mafra / cancaonova.com

Tabagismo no Brasil: de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e o Ministério da Saúde, 18% da população brasileira é fumante. Os homens fumam mais que as mulheres; 22,7% deles têm o hábito de fumar, enquanto nas mulheres a prevalência é de 16%.

O tabagismo é o principal responsável por quase 100% das mortes por câncer de pulmão, 30% das mortes por outros tipos de câncer, 85% dos óbitos por bronquite crônica e enfisema pulmonar, 25% dos óbitos por doenças cerebrovasculares e 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio. Quem fuma também tem maior predisposição ao desenvolvimento de doenças como hipertensão arterial, aneurisma, úlceras, infecções respiratórias, trombose, osteoporose, catarata, impotência sexual, infertilidade, menopausa precoce e complicações na gravidez, além de ter menos resistência física e pior desempenho na vida esportiva e sexual.

Impactos do tabagismo: Além da nicotina, que causa dependência, o cigarro contém mais de 4.700 substâncias cancerígenas e tóxicas para vários órgãos do corpo.

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De acordo com um estudo do Banco Mundial, os custos com o tabagismo chegam a 200 bilhões de dólares por ano no planeta. Isso se deve ao valor despendido com o tratamento de doenças relacionadas ao tabaco, aposentadorias precoces, faltas ao trabalho, mortes de pessoas em idade reprodutiva, além da poluição e degradação ambiental.

Diante deste quadro o que fazer para estancar este mal?

Existem métodos para auxiliar na cessação do tabagismo, que podem ser adotados de forma conjunta ou individual: grupos de autoajuda, aconselhamento terapêutico individual ou em grupos, reposição de nicotina e medicamentos.

A Pastoral da Sobriedade, por meio dos Grupos de Autoajuda nas Paróquias das Dioceses, possui agentes capacitados para ajudar os fumantes a se livrarem desse vício. Se você quer ajudar ou conhece alguém que queira, entre no site www.sobriedade.org.br e encontre o grupo de autoajuda mais próximo de você.

O desejo de parar, a decisão e o êxito podem ser um processo de meses ou até anos. Nem sempre se consegue na primeira tentativa, mas as recaídas fazem parte do processo e os esforços para desistir do fumo não devem ser abandonados. Não desista, tente quantas vezes for preciso. A vitória está na perseverança e será sempre da vida.

Sobriedade e Paz! Só Por Hoje, graças a Deus!

Ana Godoy
Coordenadora Nacional da Pastoral da Sobriedade